Mesmo que você não sofra com esse problema, com certeza conhece alguém que ronca bastante durante a noite, não é mesmo? O ronco, além de ser um incômodo para outras pessoas no mesmo cômodo (ou até no resto da casa) também pode ser um sinal de alerta para a saúde.
Por que o ronco acontece?
O ronco ocorre quando o ar encontra dificuldade para passar pelas vias respiratórias, fazendo o palato mole vibrar. Isso é mais comum à medida que a língua e os tecidos relaxam durante o sono, diminuindo o espaço para a passagem do ar.
Entre os fatores que podem intensificar o ronco estão sobrepeso, consumo de álcool, tabagismo, uso de medicamentos sedativos, posição de dormir de barriga para cima e até mesmo alterações anatômicas, como aumento das amídalas. Além disso, doenças respiratórias como rinite e sinusite podem agravar o problema.
Distúrbios do sono e saúde bucal
O ronco pode estar relacionado a condições como apneia e hipopneia, caracterizadas pela interrupção total ou parcial da respiração durante o sono. Essas alterações impactam diretamente a qualidade do descanso, gerando cansaço, dores de cabeça e aumento do estresse.
De acordo com o especialista em prótese dental, Dr. José Todescan Júnior, membro da International Federation of Esthetic Dentistry (IFED), o ronco também pode estar associado ao bruxismo. “Os distúrbios do sono, como a apneia, levam a um sono superficial e a alterações nos níveis de cortisol. Isso intensifica o bruxismo em muitos pacientes. Esse hábito afeta a saúde bucal ao longo do tempo, gerando desgaste nos dentes e problemas articulares”, explicou, em entrevista ao portal Alto Astral.
Sintomas que merecem atenção
Além do barulho característico, o ronco pode vir acompanhado de:
Quando o ronco é frequente, alto ou interfere no descanso do(a) parceiro(a), é fundamental procurar um médico do sono ou otorrinolaringologista para avaliação.
Tratamentos disponíveis
O tratamento depende da causa do ronco. Pequenas mudanças de hábitos, como perder peso, evitar álcool à noite, dormir de lado e manter uma rotina de higiene do sono, podem reduzir significativamente o problema. Em casos mais persistentes, o uso de aparelhos orais ou do CPAP (pressão positiva contínua) pode ser indicado. Há também alternativas modernas, como o laser, que ajuda a fortalecer os tecidos do palato.
Embora muitas vezes seja visto apenas como um incômodo, o ronco pode esconder distúrbios sérios, como a apneia obstrutiva do sono. Por isso, não deve ser normalizado. O mais importante é entender que cuidar do sono é também cuidar da saúde como um todo. Investigar o motivo do ronco, adotar hábitos mais saudáveis e, se necessário, buscar acompanhamento especializado são passos essenciais para recuperar noites silenciosas e restauradoras.