Patri Guijarro, Bola de Ouro?

Em campo estarão também três Bolas de Ouro/The Best. As espanholas Aitana Bonmatí (2023 e 2024) e Alexia Putellas (2021 e 2022) e Lucy Bronze – Em 2020, por causa da pandemia da covid-19, não houve entrega da Bola de Ouro, mas o prémio da FIFA, para a melhor futebolista do ano, foi para a inglesa nascida em Portugal, que no domingo pode erguer o troféu do Euro2025.

Mas há quem defenda, que em caso de vitória espanhola, Patri Guijarro, que tem sido indispensável para a seleção espanhola, entra na luta pelo troféu de Melhor Jogadora de 2025. A média-defensiva tem sido o coração que faz pulsar a equipa, com inteligência e uma capacidade de ler o jogo, criar espaços e ligar as jogadas, essencial para que as jogadoras mais ofensivas brilhem, segundo a Montse Tomé: “A sua humildade e personalidade dedicada, dentro e fora do campo, permitem que jogadoras como Aitana [Bonmatí], Alexia [Putellas], Vicky, Mariona [Caldentey] e [Clàudia] Pina joguem com liberdade. Ela é uma peça-chave da nossa equipa.”

Do lado de Inglaterra, a selecionadora Sarina Wiegman é o grande trunfo, apesar do enorme desempenho de Chloe Kelly. A treinadora com mais jogos em fases finais europeias (16) conquistou as duas últimas edições, tendo comandado os Países Baixos na conquista do Euro2017 e Inglaterra no Euro2022 e ambas como anfitriã e com um registo 100%. O registo de Wiegman é notável, tendo em conta que nas três edições do EURO e duas do Mundial em que participou disputou sempre a final. Ganhou duas e perdeu outras duas. No domingo, se saberá para que lado desiquilibra a balança.

O grito de liberdade das espanholas

Para as espanholas, vencer a final será mais do que erguer o troféu. Será um grito de liberdade por toda a opressão sentida e o tumulto gerado com o beijo na boca não consentido de Luis Rubiales (entretanto condenado, por isso) a Jenni Hermoso, que eclipsou o maior triunfo da história do futebol feminino espanhol.

O grito também é de Montse Tomé, a desconhecida e contestada selecionadora, que assim se faz ouvir com esta presença na final. Como adjunta ela viveu na sombra de Jorge Vilda, o técnico que liderou La Roja na conquista do Mundial2023 e que saiu do cargo após uma ameaça de renúncia coletiva das jogadoras, depois dele sair em defesa de Rubiales.