Se tem alguém que pode falar sem filtro sobre a história do rock, esse alguém é Keith Richards. Guitarrista dos Rolling Stones e sobrevivente de tudo que os anos 1960 jogaram no colo das bandas, Richards sempre teve opinião forte — principalmente quando o assunto são seus contemporâneos.
Rolling Stones – Mais NovidadesFoto: Universal Music
E embora a relação com alguns grupos tenha sido de respeito mútuo, ele não poupou críticas a três nomes emblemáticos daquela década. Confira abaixo o que o músico das seis cordas tinha a dizer sobre The Beatles, The Band e Bee Gees. A compilação é da American Songwriter.
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The Beatles
Apesar da amizade e da rivalidade saudável entre os Stones e os Beatles, Keith não se conteve quando o assunto foi a fase mais experimental dos Fab Four. Em entrevista, ele detonou o momento em que os Beatles deixaram os palcos para buscar espiritualidade na Índia:
“As garotas acabaram com eles”, disse Richards. “Pararam de fazer turnê em 1966, já estavam esgotados. Prontos pra ir pra Índia e essa porcaria… Um amontoado de lixo. Não tem muita raiz naquela música. Acho que eles se empolgaram demais.”
A crítica pega em cheio a fase psicodélica da banda, entre Sgt. Pepper’s e Magical Mystery Tour, que muitos fãs veneram, mas que claramente não impressionou o guitarrista dos Stones.
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The Band
Conhecidos por serem a banda de apoio de Bob Dylan antes de conquistarem sua própria fama, The Band nunca agradou Keith Richards — justamente por aquilo que os consagrou: a coesão musical. Para ele, faltava vida e espontaneidade:
“Fiquei decepcionado”, comentou. “O Dylan era maravilhoso, especialmente quando tocava sozinho. A The Band era rígida demais. Tocavam nota por nota como nos discos. Não pareciam ganhar vida no palco. Acho que são essencialmente uma banda de acompanhamento.”
Bee Gees
Se os Beatles “se empolgaram” e a The Band era certinha demais, os Bee Gees nem passaram no corte. Para Richards, os irmãos Gibb eram praticamente irrelevantes na conversa sobre rock — e sua fama pop era algo que ele não conseguia levar a sério. “Eles vivem em um mundo de fantasia”, disparou. “É só ler as entrevistas. Falam sobre quantos ternos têm e esse tipo de besteira. É coisa de criança, não é?”
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