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https://www.archdaily.com.br/br/1033290/praca-universitaria-florentino-arquitetura-paisagistica
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Área
Área deste projeto de arquiteturaÁrea:
10 m² -
Ano
Ano de conclusão deste projeto de arquiteturaAno:
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Fotógrafo
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Fabricantes
Marcas com produtos usados neste projeto de arquiteturaFabricantes: Ere Lab, mmcite
Descrição enviada pela equipe de projeto. Em determinado momento do crescimento de uma cidade, surge a demanda por uma área pública de lazer: um espaço para esportes, brincadeiras infantis, passeio de animais ou simplesmente contemplar as árvores. Para isso, é fundamental compreender a natureza do lugar, respeitando ao máximo as condicionantes naturais que manterão o espaço vivo por muito tempo.
Preservando as condições do terreno e a vegetação existente, o projeto foi dividido em duas zonas, explorando o potencial topográfico. A primeira, chamada “Sistema Solar”, ocupa a parte mais alta e plana, concentrando equipamentos e áreas de estar: espaço para pets, brinquedos infantis e pergolados. Vegetações pontuais criam marcos verticais e sombras estratégicas. A baixa densidade vegetal permite comunicação visual entre setores, integração e mais segurança.
A segunda zona, “Casarão”, faz parte da segunda fase da obra. O objetivo foi valorizar a arquitetura histórica do casarão antigo e conectá-lo aos fluxos do bosque. Um grande pórtico alinhado à fachada frontal marca a entrada, conduzindo a uma alameda com elementos naturais. Novos caminhos no bosque serpenteiam entre árvores antigas, criando pequenas ilhas de estar. A interpretação da paisagem seguiu o princípio de respeitar a vegetação e topografia, acomodando o projeto ao terreno e criando novas condições de acessibilidade.
No âmbito social, a praça se insere em uma área universitária, no terreno cedido pela Universidade Federal de Jataí em parceria com a Prefeitura. A proposta buscou legitimar essa relação, despertando curiosidade e interesse pela ciência. Ao descobrir que existia um antigo plano para um planetário no local, identificou-se a oportunidade de criar um espaço que convidasse à exploração do “universo”.
O elemento central é uma passarela pintada de amarelo, simbolizando o Sol, que se destaca como marco da paisagem e representa uma viagem pelo Sistema Solar. Ao longo dela, cada planeta é apresentado de forma metafórica, com cores, materiais e dimensões que remetem às suas características reais. A Terra, por estar em constante evolução, é representada por uma estrutura verde que recebe uma trepadeira, mudando de aparência ao longo do tempo.
A partir dessa passarela, distribuem-se os fluxos para áreas de estar e recreação, contemplando diferentes públicos. Os pergolados circulares remetem a astros conectados, formando “constelações” no espaço. Os caminhos, muitas vezes sinuosos, criam diferentes formas de interação com a paisagem.
Uma grande área gramada foi deixada livre para usos espontâneos, permitindo que os próprios visitantes proponham novas formas de ocupação. O projeto nasce do diálogo com a natureza, criando uma paisagem que celebra o passado e o futuro por meio de um desenho inclusivo, aberto a todos, fortalecendo o sentido de pertencimento e tornando a cidade, cada vez mais, um espaço de todos.