‘Vitória’ foi originalmente exibida em 2014, mas o teor polêmico da trama fez a Record TV desistir duas vezes de reprisá-la.
ALERTA: o texto a seguir aborda temas sensíveis, como saúde mental e crimes de ódio. Caso a leitura desperte gatilhos ou você conheça alguém que precise de ajuda, procure o Centro de Valorização da Vida (CVV), disponível 24 horas pelo telefone 188, ou o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) mais próximo. Para denúncias de violência, discriminação ou situações que violem direitos humanos, disque 100.
Quase ninguém lembra, mas um atentado que deixou 5 jovens mortos fez a Record desistir de reprisar esta novela.
Foto: Divulgação, Record TV / Purepeople
A Record TV exibiu, em 2014, a novela “Vitória”, uma das mais polêmicas da história da emissora. O motivo? A trama contava com um grupo de neonazistas. Chefiado por Priscila (Juliana Silveira), o núcleo assassinava negros e homossexuais apenas motivado por ódio. Já na primeira semana, um homem preto é morto com requintes de crueldade.
Em 2019, a emissora decidiu reprisar a novela e chegou a fazer anúncios públicos da nova exibição, mas um crime bárbaro mudou tudo. Na manhã do dia 13 de março daquele ano, dois ex-alunos invadiram armados a Escola Raul Brasil, em Suzano, na Região Metropolitana de São Paulo.
Eles assassinaram cinco alunos, de 15 a 17 anos, e duas funcionárias; por fim, atentaram contra a própria vida ainda dentro da escola. Segundo o depoimento da mãe do atirador de 17 anos, ele “gostava de coisas de nazismo”.
“Ele sempre gostou dessas coisas de nazismo, gótico, roupas pretas e aquela franja emo. Os meninos gostam dessas coisas, não era só ele não. Coitado do meu filho”, disse a mãe, em depoimento publicado pelo jornal O Globo.
Com o atentado, a Record decidiu cancelar a…
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