Depois de décadas sem a oportunidade de falar sobre a sexualidade feminina, os avanços sociais e medicinais possibilitaram conhecimentos e discussões a respeito do desejo feminino e outros tabus.

Um dos assuntos que tem sido debatidos com mais frequência é a libido da mulher. Famosas, como Fernanda Lima, têm aparecido na mídia para falar sobre falta de vontade de transar, consequência da menopausa e dificuldades na rotina.

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Mas será que toda vez que uma mulher não quer transar isso significa falta de libido? A coluna Pouca Vergonha conversou com a ginecologista Tatianna Ribeiro, a fim de entender outros motivos que também podem atrapalhar o desejo sexual.

A profissional diz escutar frequentemente das pacientes que “estão com falta de libido”. No entanto, salienta que nem tudo se resume a isso. “Pode ser um dia cansativo ou estressante, uma menstruação que está para chegar…”, exemplifica.

Tatiana ainda aponta que o desejo e a vontade para transar da mulher é bem diferente do homem — e precisa ser respeitada. Questões como rotina exaustiva, falta de comunicação com a parceria, falta de conexão emocional e não estar bem consigo mesma culminam diretamente no desejo (e na consequente falta dele). Sem citar, é claro, fatores hormonais.

imagem colorida de uma mulher deitada com olhos fechadosA falta de desejo é multifatorial

“A falta de desejo é multifatorial. Por isso, é importante preparar a sua semana, seu dia ou aquele momento para sentir desejo”, reforça. Sim, a libido não tem botão de “liga” e desliga. A ginecologista aponta que o desejo não é automático: “A partir do estímulo certo, surge a vontade de ter uma relação; não é algo que vem de repente. Precisa ser trabalhada e cultivada antes do momento sexual.”

A melhor dica para situações como essa é sair do modo trabalho e cuidado o qual as mulheres estão acostumadas e se permitir chegar em casa, tomar um banho demorado ou botar uma música. Ou seja: dedicar um tempo para si e, posteriormente, para o autoprazer.

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“Tente erotizar um pouco mais o seu cotidiano com o seu parceiro ou parceira, mandar uma mensagem de vez em quando de surpresa, dar mais carinho, abraçar mais, sentir toque”, comenta. É preciso, sobretudo, um esforço dos dois lados da equação.

Por fim, a médica orienta: não querer nunca ou não conseguir ficar no clima, quando em excesso, pode ser sinal de alerta e demandar ajuda especializada. “Os estresses do dia a dia podem afetar o desejo, porém, se persistir e sem motivos aparentes, busque ajuda.”