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A plataforma OnlyFans, fundada em Londres e que se tornou sinónimo de conteúdos eróticos pagos, anunciou receitas de 1,4 mil milhões de dólares no exercício fiscal de 2024, mais 9% face ao ano anterior, refere o The Guardian. O lucro antes de impostos ascendeu a 683,6 milhões de dólares, representando um aumento de 4%, de acordo com as contas entregues ao registo comercial britânico.

O crescimento assenta sobretudo na expansão da base de utilizadores. O número de criadores de conteúdos atingiu os 4,6 milhões, mais 13% do que em 2023, enquanto as contas de fãs subiram 24%, para 377,5 milhões. No total, os subscritores gastaram 7,2 mil milhões de dólares na plataforma em 2024, comparado com 6,6 mil milhões no ano anterior. A empresa retém 20% dessas receitas, cabendo os restantes 80% aos criadores.

Este desempenho resultou numa remuneração extraordinária para o seu dono, Leonid Radvinsky, empresário ucraniano-americano residente na Florida. Só em 2024, a empresa distribuiu 497 milhões de dólares em dividendos à Fenix International, sociedade detida por Radvinsky. A este montante somaram-se mais 204 milhões pagos em cinco tranches entre dezembro e abril, totalizando 701 milhões de dólares no ano. Segundo o jornal britânico, o empresário já ultrapassou a marca de mil milhões de dólares em dividendos acumulados desde que adquiriu a plataforma em 2018.

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Radvinsky, discreto na esfera pública, apresenta-se no seu site pessoal como investidor de capital de risco e licenciado em Economia pela Northwestern University, nos Estados Unidos. Antes de comprar o OnlyFans, tinha experiência no setor de sites de webcams para adultos.

Fundada em 2016 pelo empresário britânico Tim Stokely, então com 33 anos, a plataforma foi vendida dois anos depois a Radvinsky por um valor nunca revelado. Desde então, consolidou-se como um espaço onde figuras do setor adulto, mas também celebridades e até atletas, podem vender conteúdos exclusivos diretamente aos seus seguidores.

O sucesso do OnlyFans despertou o interesse de investidores. A Fenix International manteve conversações para vender a plataforma por cerca de 8 mil milhões de dólares a um consórcio liderado pela norte-americana Forest Road Company. Embora não tenha sido confirmada qualquer transação, a notícia reforça a perceção de que o futuro da empresa pode passar por uma alienação de capital a investidores institucionais.