O empresário Phil Knight, co-fundador da Nike, e a mulher, Penny Knight, vão doar dois mil milhões de dólares (1,7 mil milhões de euros) ao Instituto Knight Cancer, da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon (OHSU, na sigla em inglês). A quantia, noticiada na semana passada pelo The Wall Street Journal, faz desta a maior doação individual jamais feita a uma universidade americana.

As verbas permitirão à universidade duplicar a dimensão do instituto de investigação oncológica, permitindo aumentar em simultâneo a capacidade de tratar pacientes e de investigação. A universidade sublinha a possibilidade de aumentar e acelerar valências de diagnóstico, assim como as garantias de acesso a ensaios clínicos inovadores.

As verbas serão geridas por Brian Druker, o médico que lidera a investigação de leucemia do Instituto Knight Cancer e que foi, até Dezembro, director deste centro de investigação. Segundo o The Wall Street Journal, Druker regressará agora como presidente da organização.

A doação dos Knight é a maior de que há conhecimento até à data, mas apenas mais uma no rol de donativos do casal à Universidade: o instituto a que vão doar os dois mil milhões de dólares tem o seu nome devido a uma primeira doação de 100 milhões de dólares em 2008 – na altura já com Brian Druker à frente do centro de investigação. Seguiu-se novo donativo em 2015, dessa vez de 500 milhões de dólares.

No total, entre doações à OHSU e a Universidade do Oregon, onde Phil Knight foi atleta (e onde o negócio que resultaria na Nike deu os primeiros passos), o valor estimado de contribuições a universidades do Oregon supera os quatro mil milhões de dólares.

A estimativa contabiliza apenas as doações a instituições e universidades na área da saúde. Não inclui, por exemplo, verbas atribuídas aos programas desportivos da sua alma mater – os valores não são conhecidos, mas as doações de Phil Knight lideraram os financiamentos para a renovação de várias instalações desportivas, desde a reconstrução do estádio de atletismo onde competiu até à construção de um pavilhão de basquetebol e das infra-estruturas do programa de futebol americano.

A doação recorde anunciada na semana passada supera a de Michael Bloomberg à Universidade Johns Hopkins, de Maryland, feita em 2018 no valor de 1,8 mil milhões de dólares. O donativo, que até agora era a maior contribuição individual a uma universidade americana, teve o objectivo de garantir bolsas de estudo destinadas a estudantes oriundos de famílias de classe baixa e média.