O FBI está a realizar buscas na casa de John Bolton, antigo conselheiro de Segurança Nacional de Donald Trump, em Maryland, no âmbito de uma investigação de segurança nacional de alto nível, noticiou o New York Post, que cita duas fontes familiarizadas com o caso.

Os agentes federais chegaram à casa do político pelas 7h30 (12h30 em Lisboa). Um responsável do FBI afirmou que os agentes estavam a “realizar uma atividade autorizada pelo tribunal”, uma vez que Bolton poderia estar na posse de documentos confidenciais.

Numa publicação na rede social X, o diretor do FBI, Kash Patel, escreveu que os agentes estavam “em missão”. Sem adiantar de que missão se trata, apenas disse que “ninguém está acima da lei“.

Contactado pela CNN, John Bolton disse que não tinha qualquer conhecimento da atividade do FBI na sua casa.

O político — que foi embaixador dos Estados Unidos nas Nações Unidas e conselheiro de Segurança Nacional durante o primeiro mandato de Donald Trump, entre abril de 2018 e setembro de 2019 — tornou-se crítico do Presidente norte-americano após ter sido demitido da Casa Branca, em 2019. Chegou mesmo a escrever um livro, cuja publicação a Casa Branca tentou, sem êxito, impedir, argumentando que este revelava informações de Segurança Nacional.

Donald Trump despede conselheiro nacional de segurança John Bolton

O antigo membro da administração deixou, também, duras críticas à postura de Trump em relação à guerra na Ucrânia, considerando as caracterizações do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e de Kiev por parte do republicano “algumas das mais vergonhosas já feitas por um Presidente norte-americano”.

Bolton foi também um dos arquitetos da invasão do Iraque em 2003 e é reconhecido pelas posições firmes em relação ao Irão, Afeganistão e Coreia do Norte, mantendo-se alinhado com o movimento neoconservador.

Entre 2021 e 2022, o antigo conselheiro de Trump diz que foi alvo de um plano de assassinato do Irão. Teerão queria, alegadamente, vingar a morte do general Qassem Soleimani, morto a 3 de janeiro de 2020 num ataque com drones no Iraque ordenado pela Casa Branca.

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