Uma nova sondagem da Intercampus coloca outra vez a AD e o PS em empate técnico. O novo barómetro mensal para o Correio da Manhã, Jornal de Negócios, CMTV e Now mostra o Chega em terceiro lugar e os três principais partidos em crescimento nas três sondagens da Intercampus desde as eleições legislativas de 18 de maio — dinâmica que não se repete na Sondagem das Sondagens.

A sondagem a 611 inquiridos, realizada entre 7 e 14 de agosto, atribui à AD (coligação do PSD com o CDS) 27,2% das intenções de voto, enquanto o Partido Socialista recolhe 24,7% das intenções, e o Chega soma 20,8%. Os três partidos crescem todos face à última sondagem da Intercampus, de julho: AD e PS ganharam três pontos percentuais cada face a esse estudo, e o Chega aumentou em 2,2 pontos as intenções de voto.

Com margem de erro de 4%, a sondagem coloca AD, PS e Chega em empate técnico. Ou seja, o valor mínimo possível de intenções de voto para a AD segundo o recolhido nesta sondagem é inferior ao valor máximo possível de intenções de voto no Chega — e, com o PS entre os dois, os socialistas liderados por José Luís Carneiro tanto podem estar acima da AD de Luís Montenegro como abaixo do Chega de André Ventura.

PS e Chega fugiram às estimativas da Sondagem das Sondagens

Fora esses partidos, o Iniciativa Liberal é o único outro partido a crescer — com 7,6% das intenções de voto, sobe 0,9 pontos face à sondagem de julho. Assim, os três partidos da direita parlamentar somam entre si 55,6% das intenções de voto nesta sondagem, acima dos 49,5% da sondagem anterior.

O Livre é o partido que mais cai neste estudo — chegou aos 5,6% das intenções de voto, perdendo 3,5 pontos face ao valor atípico de 9,1% obtido na sondagem de julho. Já o PAN mantém os 3% de intenções de voto que já tinha.

O Bloco de Esquerda também não perde nem ganha intenções de voto na sondagem divulgada esta sexta-feira, registando 2,6%. Já a CDU desce 2,1 pontos percentuais, registando 1,6% das intenções.

Sondagem das Sondagens

As datas em que o trabalho de campo desta sondagem foi realizada significam que a vaga de agosto do barómetro da Intercampus não capta o possível efeito das três mortes devido aos incêndios florestais deste verão. Já o chumbo, pelo Tribunal Constitucional, da Lei dos Estrangeiros, aconteceu no segundo dia do inquérito.

Desde as eleições legislativas que o agregador de sondagens da Renascença apenas conta com sondagens da Intercampus, barómetros com amostras de pouco mais de 600 inquiridos. Os resultados atuais ficam, assim, esmagadoramente dependentes dos resultados destas sondagens.

A tendência presente nessas três sondagens mostra a AD a perder intenções de voto face aos 32,7% que obteve no território nacional nas legislativas de 2025. Agora, a Sondagem das Sondagens estima que a AD tem 29,6% das intenções de voto.

📊 A estimativa Renascença (@rr.pt) a 22/08/2025 📷

📥Com #sondagem da Intercampus para Correio da Manhã, Jornal de Negócios, NOW

AD: 29,6%🔻(-0,4)
PS: 24,4%🔼(+1,2)
CH: 21,8%🔼(+0,3)
IL: 7,6%🔼(+0,7)
L: 6,6%🔻(-1,3)
PAN: 3,2%🔼(+0,1)
BE: 2,7%🔼(+0,1)
CDU: 2,1%🔻(-1,7)

🔍Comparação com estimativa a 15/07

[image or embed]

— Sondagem das Sondagens (@sondagemsondagens.rr.pt) 22 de agosto de 2025 às 19:09

O PS, que soma agora 24,4% das intenções segundo o modelo da Renascença, está num empate técnico muito ligeiro com a AD — a escassez de sondagens faz com que a margem de erro da Sondagem das Sondagens aumente, sendo agora de cerca de 2,6 pontos percentuais. Já o empate técnico entre socialistas e Chega é mais sólido: o partido de André Ventura soma 21,8% das intenções.

A Iniciativa Liberal regista 7,6% na Sondagem das Sondagens, enquanto o Livre tem 6,6% das intenções, o PAN tem 3,2%, o Bloco de Esquerda tem 2,7% e a CDU tem 2,1%.

Na Sondagem das Sondagens, o recente barómetro da Intercampus ficou com a data de 11 de agosto.