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Trump já tinha mobilizado cerca de 2.000 militares para Washington DC, cidade também governada por democratas, no âmbito do que descreve como uma ofensiva contra o crime urbano. O presidente anunciou agora a intenção de estender a medida a Chicago e Nova Iorque, mas os responsáveis locais contestam. O autarca de Chicago, Brandon Johnson, disse não ter recebido informações sobre a operação e alertou que o envio de tropas seria “ilegal, descoordenado e perigoso”, podendo aumentar a tensão entre população e polícia e pôr em causa progressos no combate ao crime, segundo a BBC.

Entretanto, o secretário da Defesa, Pete Hegseth, ordenou que os soldados da Guarda Nacional destacados em Washington passem a estar armados, contrariando indicações anteriores do Pentágono e do Exército de que a missão seria apenas dissuasora e sem recurso a armas. Para já, os militares não participam diretamente em operações policiais, limitando-se a vigiar locais estratégicos como o National Mall e a estação Union Station.

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Trump considera que a mobilização trouxe “segurança total” à capital e admite declarar um estado de emergência nacional para prolongar indefinidamente a presença das tropas, caso o prazo inicial de 30 dias não seja suficiente. A Casa Branca espera mobilizar até 1.700 guardas nacionais em 19 estados, sendo o Texas o que receberá mais efetivos, com funções de apoio ao ICE e como força de dissuasão visível.

Apesar das críticas locais — a presidente da câmara de Washington, Muriel Bowser, invoca uma descida significativa da criminalidade, para níveis mínimos de 30 anos —, Trump garante que a operação é um sucesso. A administração republicana já contabiliza mais de 700 detenções e 91 armas ilegais apreendidas desde o início da missão.