O homicida foi recentemente acusado pela morte de “Mimi”, apesar da investigação não estar totalmente concluída. Devido ao prazo máximo do prazo de prisão preventiva, para não correr o risco do arguido ser libertado, a procuradora titular do inquérito entendeu extrair uma certidão “de todo o processado para investigação autónoma dos crimes de ofensa à integridade física de que terão sido vítimas, Amélia de Jesus Rosa [sobrinha de “Mimi”] e Jesus da Silva Monteiro, que manifestaram desejo de procedimento criminal”.
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Em causa estão as agressões mútuas em que as famílias da vítima mortal e do homicida se envolveram, à porta do shopping “Palácio do Gelo”. Naquele sítio, a irmã da vítima mortal e a filha adolescente (Amélia) protagonizaram uma discussão. A menor queria um telemóvel topo de gama que a mãe se recusava a comprar. A situação começou a chamar a atenção das pessoas que ali estavam. Nesse momento, entrava José Monteiro acompanhado da namorada, de um filho de ambos e de uma irmã. As duas mulheres pararam para assistir à disputa, dando origem às provocações e agressões que se estenderam aos elementos masculinos dos dois clãs.
“Mimi” tinha 44 anos
Foto: Direitos Reservados
“Nesse confronto físico, o arguido Jesus agrediu o Celso com uma barra metálica e, por sua vez, o Celso e o Ruben agrediram o arguido com ripas de madeira e uma pedra”, lê-se na acusação do MP que quer agora esclarecer todo o circunstancialismo das agressões.
Após ter sido molestado pelos familiares de “Mimi”, Jesus Monteiro entrou num carro e foi ao acampamento onde vivia na cidade, para pegar numa pistola. Regressou ao shopping e disparou vários um tiro à queima-roupa sobre “Mimi”.
Antes de fugir, Jesus ainda disparou na direção de familiares da vítima mortal, tendo atingido uma sobrinha mais velha de Josefa.