“Das 23h00 do dia 24 de agosto às 07h00 do dia 25 de agosto (no horário local), os sistemas de defesa aérea intercetaram e destruíram 21 drones ucranianos de asa fixa”, indicou o Ministério russo da Defesa num comunicado partilhado na rede social Telegram.
De acordo com o comando militar russo, três das aeronaves não tripuladas foram destruídas perto de Moscovo, duas das quais dirigiam-se para a capital russa.
“Os serviços de emergência estão a trabalhar no local onde os destroços caíram”, disse Sobyanin numa publicação no Telegram.
O Ministério da Defesa da Rússia disse que pelo menos 95 drones ucranianos foram intercetados em dezenas de regiões russas no domingo, dia em que a Ucrânia celebrou os 34 de independência.
Um desses ataques provocou um incêndio na central nuclear de Kursk, no oeste da Rússia, a 60 quilómetros da fronteira com a Ucrânia. O incêndio causou danos num transformador auxiliar e obrigou a uma redução de 50% na capacidade operacional de um reator, segundo afirmaram autoridades russas. O incêndio na instalação nuclear foi rapidamente extinto, sem que fossem registados feridos, e os níveis de radiação permaneceram dentro dos limites normais.
Enquanto isso, a Força Aérea ucraniana informou que a Rússia disparou 72 drones, juntamente com um míssil de cruzeiro, contra a Ucrânia na madrugada de domingo. Um destes ataques provocou a morte de uma mulher de 47 anos na região de Dnipropetrovsk.
Kiev promete “empurrar a Rússia para a paz”
Num discurso durante a cerimónia comemorativa do aniversário da independência do país, o presidente ucraniano prometeu devolver a guerra à Rússia.
“A cada dia, estamos a trazer cada vez mais desta guerra de volta para onde veio. Para o céu russo e para a terra russa. E a cada passo desta guerra, com a pressão sobre a Rússia, com as suas perdas reais, sabemos que a paz para a Ucrânia se aproxima”, disse Volodymyr Zelensky.
“Hoje, tanto os EUA quanto a Europa concordam: a Ucrânia ainda não venceu completamente, mas certamente não perderá. A Ucrânia garantiu a sua independência. A Ucrânia não é uma vítima; é uma lutadora”, acrescentou.
As esperanças de paz diminuíram na sexta-feira, depois de a Rússia ter descartado qualquer reunião imediata entre os presidentes russo e ucraniano, tal como foi sugerido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Zelensky, por sua vez, reconheceu que um encontro com o seu homólogo russo Vladimir Putin seria “o caminho mais eficaz” e prometeu “empurrar a Rússia para a paz”.
c/agências