Rie Qudan (Reprodução/Reprodução)
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Rie Qudan, 34 anos, tem orgulho em dizer que escreveu parte de seu romance premiado A Torre da Simpatia em Tóquio (ainda não publicado no Brasil) com Inteligência Artificial. Vencedora do Prêmio Akutagawa, um dos mais disputados do Japão entre autores iniciantes, a escritora afirmou que o Chat GPT a ajudou a ter novas percepções sobre os processos do pensamento humano. “Não me sinto particularmente infeliz com o fato de meu trabalho ser usado para treinar IA. Mesmo que seja copiado, tenho certeza de que há uma parte de mim que permanecerá, que ninguém pode copiar”, justificou.
O livro conta a história da arquiteta Sara, contratada para construir uma nova torre para abrigar criminosos condenados e que se torna vítima de violências. Mas a história cria uma nova proporção quando os moradores da torre precisam passar por um teste de empatia com os detidos, julgando seus crimes. No entanto, apesar de cerca de 5% da obra ser escrita com IA – pelo menos é isso que ela calcula – Qudan não tem dúvidas que o chatbot ainda não pode substituir o trabalho humano. “Talvez um futuro chegue quando isso acontecer, mas, no momento, não há como uma IA escrever um romance melhor do que um autor humano”, garantiu.