Uma tragédia marcou um passeio escolar no Egito: pelo menos seis crianças morreram afogadas e 24 outras ficaram feridas durante uma ida à praia de Abu Talat, em Alexandria, no sábado, 23 de agosto. A viagem foi organizada por uma academia de hospitalidade aérea, segundo confirmaram o Ministério da Saúde e da População do Egito (MoHP) e os meios de comunicação Roya News, Ahram Online e News of Bahrain.

As autoridades enviaram 16 ambulâncias totalmente equipadas para o local. Três estudantes receberam tratamento imediato na praia, enquanto 21 foram transportados para hospitais da região — 13 para o Hospital Especializado de Agami e oito para o Hospital Geral de Al-Amreya. Todos estavam a ser acompanhados por equipas médicas especializadas devido a sintomas de asfixia associados ao afogamento, avançaram os meios de comunicação.

Ainda não é claro como ocorreu o incidente. No entanto, as autoridades de Alexandria ordenaram o encerramento da praia e colocaram bandeiras vermelhas a sinalizar as condições perigosas do mar, proibindo assim os banhos. Imagens divulgadas mostram crianças a serem transportadas em macas para as ambulâncias, enquanto equipas de emergência utilizavam equipamento especializado para prestar auxílio.

O ministro da Saúde egípcio, Khaled Abdel-Ghaffar, afirmou estar a acompanhar de perto a situação e garantiu que as famílias das vítimas terão todo o apoio do ministério. Após o acidente, o MoHP voltou a reforçar o apelo para o cumprimento das regras de segurança balnear, especialmente em saídas de grupo, lembrando que a prevenção continua a ser a melhor forma de salvar vidas, de acordo com o Roya News.

De acordo com o Ahram Online, os casos de afogamento no Egito aumentam consideravelmente durante o verão, sobretudo na costa mediterrânica, onde o mar é mais agitado e perigoso. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 300 mil pessoas morram afogadas todos os anos em todo o mundo, sendo as crianças as mais vulneráveis: quase um quarto destas mortes ocorre em menores de cinco anos. O organismo refere ainda que o afogamento é a quarta principal causa de morte entre crianças dos 1 aos 4 anos e a terceira entre os 5 e os 14 anos.