Repórter: Suely Melo / Ascom Sesau
Repórteres Fotográficos: Carla Cleto e Marco Antônio / Ascom Sesau
A Lipedema, o Linfedema e a Elefantíase são caracterizadas por causar dor, alterações estéticas e limitações funcionais nos membros inferiores_FOTO_Carla Cleto
Lipedema, Linfedema e Elefantíase são doenças que afetam membros inferiores e podem causar dor, alterações estéticas e limitações funcionais. Apesar de terem características semelhantes, há diferenças pontuais de como se apresentam nas pernas e com relação aos sintomas, segundo explica a angiologista e cirurgiã vascular do Hospital Geral do Estado (HGE), Lídia Costa.
Para a especialista, conhecer os sintomas é essencial para buscar o diagnóstico e iniciar o tratamento adequado. Por isso, ressalta Lídia Costa, é importante que a população saiba diferenciar as três doenças, no sentido de procurar assistência médica especializada e, deste modo, obter o diagnóstico com agilidade, iniciando o tratamento em tempo oportuno.
De acordo com a angiologista do HGE, o Lipedema é uma síndrome da gordura dolorosa, que geralmente aparece a partir da adolescência e afeta principalmente quadris, coxas e pernas, podendo, em alguns casos, também atingir os braços. A doença tem origem genética e está ligada aos hormônios femininos, especialmente o estrogênio.
“São pacientes que têm membros mais largos, com dor, cansaço e hematomas frequentes. Mesmo afetando os membros inferiores, o tronco e o abdômen costumam ser preservados”, ressalta Lídia Costa.
Já o Linfedema é um acúmulo anormal de líquido rico em proteínas, conhecido como linfa, nos tecidos do corpo. O problema geralmente surge após infecções na pele, que danificam os vasos linfáticos. Com o tempo, essa alteração pode evoluir para um endurecimento da gordura e da pele.
A angiologista e cirurgiã vascular do HGE, Lídia Costa, recomenda conhecer os sintomas das três doenças e buscar o diagnóstico rápido para iniciar o tratamento adequado_FOTO_Marco Antônio
“O Linfedema, quando não tratado, pode levar à Elefantíase. È uma doença caracterizada pela pele enrugada e endurecida, com aspecto de elefante ou paquiderme”, explica a especialista.
A Elefantíase é considerada o estágio mais avançado do Linfedema. Segundo a médica, no passado, no Nordeste brasileiro, era comum a forma causada pela Filariose, transmitida por mosquitos, mas hoje essa origem praticamente não existe mais. Ainda assim, a Elefantíase segue como diagnóstico diferencial em casos de Linfedema crônico.
“O tratamento das doenças deve ser feito de forma precoce e multidisciplinar, envolvendo acompanhamento vascular, nutricional, endocrinológico e fisioterapêutico. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de evitar complicações e preservar a qualidade de vida”, destaca a médica.
Por isso, é importante, ao verificar os sintomas de uma das três doenças, procurar um médico angiologista ou cirurgião vascular. Os sintomas mais relevantes são dor nas pernas, inchaço persistente, hematomas frequentes e alterações na pele. “O acompanhamento especializado é fundamental para identificar corretamente cada doença e garantir um tratamento eficaz”, finaliza a médica Lídia Costa.