O mundo da televisão e do teatro está de luto com a morte do ator Luís Lucas, que faleceu a 24 de agosto de 2025, aos 73 anos, no Hospital de Santa Marta, após sofrer um enfarte do qual não conseguiu recuperar.
A notícia foi comentada no programa V+ Fama desta segunda-feira, 25 de agosto.
Uma carreira rica em teatro, cinema, televisão e dobragens
Natural de Lisboa, Luís Lucas formou-se no Curso Superior de Formação de Acores e foi membro fundador do grupo Comuna – Teatro de Pesquisa, participando em vários festivais internacionais. A sua carreira estendeu-se também ao trabalho com companhias como o Teatro da Cornucópia, o Teatro da Graça e o Projecto Intercidades, tendo ainda colaborado com o exigente Théâtre du Soleil, em Paris, como assistente de grandes nomes do teatro europeu.
No cinema, protagonizou ou participou em múltiplos títulos emblemáticos da cinematografia portuguesa, de Alexandre e Rosa (1978) a Non, ou a Vã Glória de Mandar (1990) e outros filmes de renome realizados por Manoel de Oliveira, João Botelho e Jorge Silva Melo.
Já na televisão, Luís Lucas deu vida a personagens inesquecíveis em telenovelas e séries transmitidas na TVI, RTP e SIC, como Querido Professor, A Impostora, Equador, Dancin’ Days, O Beijo do Escorpião, Coração d’Ouro, Quer o Destino, entre muitas outras. Além disso, foi a voz da série Conta-me Como Foi, narrando entre 2007 e 2011.
Grande parte dos fãs e colegas conheceu-o também através do seu trabalho como dobrador, dando voz a personagens de animação icónicos como Paddington, Miraculous: As Aventuras de Ladybug, Green Lantern ou Toy Story 4.
Legado artístico insubstituível
Luís Lucas deixa um legado artístico vasto e diverso, atravessado por teatro, cinema, ficção televisiva e voz de personagens amados por gerações. A sua partida representa uma grande perda no panorama cultural português, marcando o fim de uma carreira intensa e multifacetada.