Carlos Álvarez está referenciado pelo Benfica depois de ter sido uma das revelações da última temporada na Segunda Liga Espanhola ao serviço do Levante. Somou sete golos e 12 assistências em 43 encontros, após uma época de estreia pelos Granota (os Sapos) com quatro remates certeiros e dois passes decisivos em 31 partidas.

Médio ofensivo de 22 anos e apenas 1,68 metros de altura, foi realocado por Julián Calero ao lado direito do ataque. Canhoto, sobressai quando pisa terrenos interiores, destacando-se pela qualidade do drible e pelo passe de rotura. Uma pubalgia tem-no afetado neste início de temporada, entregando-o à condição de suplente. O seu treinador optou nas duas primeiras jornadas, diante de Alavés e Barcelona, por fazer subir para a posição Victor García ou aí colocar o avançado-centro Iván Romero.

Nascido em Sanlúcar la Mayor, Sevilha, a 6 de agosto de 2003, Carlos Álvarez Rivera ingressou na academia dos Nervionenses, onde rapidamente se destacou como uma das maiores promessas. Desde cedo habituado a ganhar, conquistou a LaLiga Promises, torneio internacional para sub-12, arrecadando a Bota de Ouro e a Bola de Ouro, respetivamente distinções de melhor marcador e melhor jogador, que confirmavam a sua capacidade precoce para decidir bem.

Aos 16 anos, assinou contrato profissional com o Sevilha Atlético, a segunda equipa dos andaluzes, saltando diretamente para o futebol sénior. Nesse mesmo ano, integrou alguns treinos da equipa principal sob as ordens do antigo técnico do FC Porto Julen Lopetegui e, mais tarde, também de Jorge Sampaoli. Foi premiado com a convocatória para encontros da LaLiga e da Taça do Rei, nos quais se estreou oficialmente. Somou os primeiros minutos (9) no campeonato à 16.ª jornada diante do Getafe, a 8 de janeiro de 2023. Antes, a 21 de dezembro, tinha sido titular diante do Torremolinos, jogando 76 minutos e marcando um golo, para na 3.ª eliminatória, a 4 de janeiro, entrar já no último quarto de hora diante do Linares.

O momento da viragem chegaria em agosto de 2023, quando assinou pelo Levante por quatro temporadas em busca de maior protagonismo. Álvarez destaca-se pela inteligência em campo e pela visão de jogo, funcionando como elo eficaz entre o meio-campo e o ataque. A técnica refinada, aliada ao controlo de bola e à precisão no passe, cruzamento e remate, tornam-no ameaça constante no último terço. É um médio ofensivo capaz de pensar e executar com rapidez, oferecendo soluções criativas em contextos de elevada pressão. Por norma, tem sobressaído quando tem espaço, uma vez que o Levante é sobretudo uma equipa de transição, cenário que se acentua com o regresso ao primeiro escalão.

Aos 22 anos, está avaliado em 6 milhões de euros. O negócio, diz-se e escreve-se em Espanha, seria sempre superior a 15 milhões. O Benfica estaria aqui a investir no potencial do jogador, acreditando que a pubalgia estaria de vez ultrapassada e que poderia singrar numa equipa com outras ambições, exigência e outra forma de estar em campo na maior parte dos desafios. Internacional em todos os escalões jovens de Espanha, traz escola na bagagem. O tempo irá reforçar a sua mentalidade competitiva, capacidade de liderança e responsabilidade.