A decisão foi divulgada num edital da autarquia, publicado na segunda-feira, onde se pode ler que as barracas têm “impactos extremamente gravosos” ao nível da “segurança, salubridade e saúde pública”.
O executivo municipal defende que por se tratar de uma decisão urgente, os moradores não têm de ser ouvidos e avisa ainda que se não abandonarem o espaço, os moradores ficam sujeitos a uma ação judicial pelo crime de desobediência.
No entanto, os moradores dizem que apenas tiveram conhecimento deste mesmo edital através da comunicação social, esta terça-feira, e levantam-se dúvidas sobre o prazo dado para estas pessoas desocuparem o bairro.
No bairro, os moradores dizem que não pretendem destruir as barracas. Vão manter-se no local à espera dos assistentes sociais que deverão ir ao bairro. Deverão esperar que as máquinas retroescavadoras entrem, de novo, no Talude Militar.
O Movimento Vida Justa explicou a razão que levou os moradores a reerguerem essas estruturas.
Há famílias que desde que as barracas foram derrubadas, em julho, estavam a viver numa tenda. Dizem que a Câmara de Loures não apresentou qualquer solução viável e que a única solução que encontraram foi reerguer as barracas.
Naquela altura, 55 barracas foram destruídas.