O Benfica venceu esta quarta-feira o Fenerbahçe, por 1-0, na Luz, com um golo de Aktürkoglu, garantindo o acesso à fase de liga da Champions, objectivo primordial na temporada. Pelos cerca de 45 milhões de euros que representa o apuramento e pelo prestígio de estar, pelo quinto ano consecutivo, entre os principais emblemas da Europa.
Para o Fenerbahçe de José Mourinho, resta a “despromoção” à Liga Europa e mais um ano à espera de aceder à fase de “grupos” da prova milionária, que persegue desde 2008-09.
Tudo porque o emblema turco, depois do nulo de Istambul e do impasse em torno da transferência de Aktürkoglu, viu o jogador turco abrir um rombo de cerca de 30 milhões de euros (a diferença entre a Champions e a Liga Europa) nos cofres do Fenerbahçe. Verba que poderia, eventualmente, pagar a transferência.
De resto, Bruno Lage voltou a preferir Aktürkoglu a Schjelderup num “onze” com cinco entradas (Trubin, António Silva, Dahl, Aktürkoglu e Leandro Barreiro) em relação ao do jogo com o Tondela.
A presença na equipa inicial do extremo turco começou por monopolizar as atenções. Mas seria Leandro Barreiro, destacado para assumir o papel que o treinador confiara originalmente a Florentino, no jogo de Istambul, a atrair todas as atenções, ficando ligado aos lances mais importantes do primeiro quarto de hora.
O médio luxemburguês teve funções ainda mais ofensivas do que Florentino, que se focara em pressionar Amrabat na saída do Fenerbahçe, o que aos três minutos o colocou em posição privilegiada para marcar.
Oportunidade negada por instinto por Livakovic, mas que teve o condão de perturbar a formação de José Mourinho. O “melhor treinador” de Setúbal, segundo Lage, também fez cinco alterações, embora tenha apenas incluído o ex-Benfica Talisca no “onze” titular comparativamente ao jogo da primeira mão, preterindo o colombiano Durán.
Mas o efeito Talisca foi sol de pouca dura, com o Benfica a agigantar-se em dois lances de bola parada que precisaram de intervenção do VAR para atenuar o descontrolo dos visitantes.
Golos chumbam no VAR
Na sequência de um canto (ganho numa transição de Dedic, com finalização de Pavlidis) aos 12 minutos, em que António Silva surgiu livre de marcação a cabecear em mergulho, a bola chegou a Pavlidis, que desviou para a baliza de Livakovic. Um golo invalidado por falta de Leandro Barreiro, que tentou chegar à bola e tocou na perna de Nélson Semedo.
À terceira foi de vez ??
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— sport tv (@sporttvportugal) August 27, 2025
O internacional português ficaria, de resto, fora de combate nesse lance, tendo sido substituído por lesão. Mas Barreiro ainda tinha mais um momento polémico a acrescentar à narrativa desta segunda mão, ao cabecear, mais uma vez num lance de bola parada (livre), para as redes do Fenerbahçe. De novo, o golo não contaria por falta do médio do Benfica, ainda que pudesse haver uma questão de intensidade a discutir no “empurrão” ao adversário.
O Benfica tinha motivos para desesperar perante as decisões desfavoráveis, mas Aktürkoglu encarregar-se-ia de colocar um pouco de ordem nas emoções da equipa, marcando o golo que o Benfica já justificava. Um golo que surgiu a 10 minutos do intervalo, num lance de sucessivos erros da equipa turca, incapaz de fazer a transição para o ataque, com o Benfica a ganhar todos os ressaltos até a bola chegar ao extremo que bateu Livakovic com um remate bem colocado.
Para a segunda parte, José Mourinho tirou Amrabat da equação, mas o Benfica, em vantagem, já não dependia tanto do jogo posicional, podendo explorar as transições que, de resto, aproveitou bem na fase inicial.
O Fenerbahçe precisava de um rasgo que podia ter surgido no cabeceamento de En-Nesyri ao ferro (72′). Depois, a expulsão de Talisca acabou praticamente com as esperanças turcas, numa eliminatória em que o Benfica foi superior e garantiu a presença no sorteio, esta tarde (17h) no Mónaco.