Em causa estão suspeitas de um crime de participação na atribuição e obtenção de financiamento proibido que, apurou o JN, remonta à campanha de 2022 para as eleições legislativas. Tilly lançou uma recolha de fundos para a campanha do Chega em Viseu, na qual era número um da lista, e disponibilizou o contacto telefónico da filha para transferências através de MbWay.
A recolha foi iniciada através de um vídeo do Youtube, a 8 de dezembro de 2021, em que Tilly partilhou o link correto de donativos do partido, mas disse que “em alternativa” existia outro contacto, que era o da filha. “Eu reenvio os vossos donativos para o partido com os vossos dados (se o pretenderem) e devida menção. Posso disponibilizar igualmente um Iban, a pedido”, escreveu, naquela rede social.
Na mesma mensagem, Tilly revelava que a campanha estava orçada em cerca de 8 500 euros sendo que 5 500 euros seriam “destinados aos outdoors a colocar em 24 concelhos”.
O levantamento de imunidade foi aprovado em Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados e depois pela Comissão Permanente da Assembleia da República, órgão que está em funcionamento durante as férias parlamentares.
O Chega ainda não reagiu ao levantamento da imunidade parlamentar e consequente constituição de arguido do deputado João Tilly.