Depois de ter comprado a Autoestradas do Douro Litoral, o fundo Igneo Infrastructure Partners está na ‘pole position’ para comprar a A28 (Norte Litoral) e a A22 (Via do Infante). O valor do negócio supera os 200 milhões de euros.
O fundo de infraestruturas Igneo Infrastructure Partners é o preferred bidder (candidato preferencial) à compra da concessão das duas autoestradas da CVC DIF, a A28 (Norte Litoral, entre Vila Nova de Gaia e Vilar de Mouros, junto à fronteira com Espanha) e a A22 (Via do Infante, que atravessa o Algarve de uma ponta à outra), apurou o Jornal Económico (JE) junto de fonte conhecedora do concurso.
O valor do negócio das duas concessões rodoviárias supera os 200 milhões de euros, sabe também o Jornal Económico.
As autoestradas, localizadas no Porto e no Algarve, têm períodos de concessão até 2031 e 2030, respectivamente.
Estão em causa 47 quilómetros de extensão na A28 – Norte Litoral e 130 quilómetros na A22 – Via do Infante.
A CVC DIF tem o Banco Santander como assessor financeiro para vender as duas autoestradas com portagem.
Os fundos geridos pela Igneo Infrastructure Partners já tinham comprado no ano passado a Autoestradas do Douro Litoral (AEDL) à Strategic Value Partners (SVP) e preparam-se agora para alargar o portefólio de concessões rodoviárias em Portugal com estas aquisições.
Segundo fontes conhecedoras do processo a Igneo, cujo responsável para a Europa é Hamish Lea-Wilson, vai avançar em breve com a proposta vinculativa para as duas autoestradas da DIF Capital Partners.
O fundo de infraestruturas holandês DIF, que foi adquirido pela CVC em 2023, comprou as duas autoestradas portuguesas, pelas quais pagou à Ferrovial mais de 330 milhões de euros entre 2016 e 2020.
Na corrida à compra destas duas concessões rodoviárias portuguesas estiveram a Globalvia e a Ascendi, sabe o JE.
A DIF Capital Partners. é uma gestora de fundos de infraestruturas com mais de 17 mil milhões de euros em ativos sob gestão.
Já a Igneo faz parte do First Sentier Investors Group, que por sua vez é propriedade da Mitsubishi UFJ Financial Group.
Em atividade desde 1994, a Igneo gere 20,5 mil milhões de dólares em ativos em nome de mais de 200 investidores em todo o mundo. É uma gestora global especializada em infraestruturas que investe em empresas dos setores de energias renováveis, infraestruturas digitais, gestão de resíduos, serviços de água, transportes e logística na Europa, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia e América do Norte.
Em Portugal, os fundos de infraestruturas geridos pela Igneo Infrastructure Partners detêm 75% da produtora de energia renovável Finerge, que tem Pedro Norton como CEO.