Procura é baixa entre os grupos prioritários.Rebecca Mistura / Agencia RBS
A maioria das mortes por influenza registradas em Passo Fundo foram de pessoas que não se vacinaram. Em 2025, até a última quarta-feira (23), foram contabilizados 16 óbitos — desses, 13 vítimas não tinham recebido a vacina contra a gripe.
Os dados são do painel da Secretaria Estadual da Saúde (SES), que apontam o mesmo cenário desde 2023. Naquele ano, todas as sete mortes atribuídas ao vírus foram de pessoas não imunizadas. A tendência seguiu em 2024, mas com mais que o dobro de mortes: foram 17, sendo 14 vítimas não vacinadas.
Conforme a coordenadora da Vigilância em Saúde, Marisa Zanatta, a vacina deve ser realizada todos os anos para garantir a proteção contínua e atualizada, especialmente durante o inverno.
— O imunizante desempenha um papel crucial na prevenção de doenças e óbitos, salvando vidas e reduzindo o impacto dessas doenças nas famílias. A vacina é segura e é fundamental que seja realizada anualmente — explica.
Além de configurar a maior parte dos óbitos, os não imunizados também representam a maioria das hospitalizações. Complicações do vírus que poderiam ser freadas pela vacina levam os pacientes a necessitar de internação.
Das 107 hospitalizações desse ano, 89% foram de pessoas não vacinadas, um total de 95 casos mais graves. A maioria das internações são de crianças de zero a quatro anos e idosos de 60 a mais de 80 anos.
— A adesão à vacina pode evitar a superlotação dos hospitais, garantindo que os recursos de saúde estejam disponíveis para quem mais precisa — pontua Zanatta.
Os dois públicos e também as gestantes são grupos prioritários na campanha contra a gripe, mas todos têm cobertura vacinal abaixo da meta de 90% estabelecida pelo Ministério da Saúde, conforme dados computados até 23 de julho:
- Idosos: 59,4% vacinados
- Crianças de 6 meses a 5 anos: 39,5%
- Gestantes: 24,6%
Outras doenças respiratórias
Além dos casos de gripe, Passo Fundo registra mortes e internações por outras doenças que afetam o sistema respiratório. Ao todo, são 26 óbitos atribuídos a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que inclui mortes pelas seguintes doenças:
- Influenza: 16
- Covid-19: 3
- Rinovírus: 2
- Vírus Sincicial Respiratório (VSR): 1
- SRAG não especificada: 4
Já as internações chegam a 544 desde o começo do ano, sendo que o pico ocorreu entre final de abril e começo de maio, com 47 hospitalizados.
A elevação mais recente na curva aconteceu entre final de junho e começo de julho, com 30 pacientes graves. Os dois períodos condizem com épocas de frio intenso na região.
Imunizante está disponível em todas as salas de vacinação.Rebecca Mistura / Agencia RBS
Vacinas seguem disponíveis
A vacina da gripe permanece disponível nas 26 salas de vacinação do município, enquanto houver doses. Confira os horários:
Cais
Horário: de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h30min, e aos sábados das 8h às 11h
- Cais Hípica
- Cais Boqueirão
- Cais Vila Luíza
- Cais Fragomeni
Central de Vacinas
- Horário: de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h
- Endereço: Rua Uruguai, 667 — Centro
UBSs e ESFs
Horário: de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30min e das 13h às 16h30min.