A Ucrânia afirma que, desde o início da invasão, a 24 de fevereiro de 2022, Moscovo já perdeu mais de 1,08 milhões de militares. Só nestas últimas 24 horas, terão morrido (ou ficado fora de combate) mais 810 soldados russos

São números tremendos que servirão de propaganda e arma política para Zelensky, mas que também expõem a dimensão de um conflito que se vem arrastando sem um fim à vista. 

O Estado-Maior das Forças Armadas ucranianas divulgou na manhã deste domingo os números que traçam o retrato mais pesado da guerra no terreno: 1.082.140 militares russos terão perdido a vida, ou pelo menos a capacidade de combater, desde que Vladimir Putin lançou a “ofensiva em larga escala” na Ucrânia. 

Um número, 1.082.140, que serviria, por si só, de manchet, mas que ganha ainda mais relevo quando acompanhado da longa lista de perdas materiais dos russos. 

Segundo o mesmo relatório da Ucrânia, a Rússia já terá visto destruídos 11.151 tanques, 23.212 veículos blindados de combate, 60.305 veículos e camiões cisterna, 32.199 sistemas de artilharia, 1.476 lançadores múltiplos de foguetes e 1.213 sistemas de defesa aérea.

No ar, as contas de Kiev apontam para números igualmente significativos: a perda de 422 aviões e 340 helicópteros. E ainda nos céus também, mais de 55 mil drones terão sido abatidos pela Ucrânia. E daí para o mar: a Rússia perdeu 28 navios e embarcações — e até um submarino, pelo menos.

A guerra na Ucrânia já não se mede (pelo menos na visão do invadido) meramente em quilómetros conquistados ou recuados: mede-se em vidas esmagadas por artilharia, em máquinas de guerra transformadas em restos de sucata. E em estatísticas (de sangue derramado e ferro contorcido) que parecem mais próximas da ficção do que da realidade para quem assiste ao conflito, há mais de três anos, quase quatro, à distância. 

Segundo o projeto UALosses, até meados de agosto, já morreram 73.920 soldados ucranianos nesta guerra.