O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, pediu hoje o reconhecimento da “contribuição da diáspora africana para a sociedade portuguesa”, por ocasião do Dia Internacional das Pessoas Afrodescendentes.
“A contribuição da diáspora africana para a sociedade portuguesa deve ser reconhecida e acompanhada pelo combate a todas as formas de discriminação e violência contra as pessoas afrodescendentes”, refere uma nota divulgada pela Presidência.
Marcelo quis homenagear os afrodescendentes que “revigoram e enriquecem” Portugal. “Que nos possamos encaminhar no sentido de uma vizinhança fraterna e sem preconceitos, em que vivemos como iguais no sentido de um Portugal mais justo e menos desigual”, afirmou.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2023 a população afrodescendente representava 6,1% dos residentes em Portugal com idades entre os 18 e os 74 anos. Quase um terço (31,7%) já tinha sofrido discriminação, e mais de metade (55,2%) tinha testemunhado situações de discriminação.
No total, residiam em Portugal 462,4 mil afrodescendentes: 201,6 mil de primeira geração, 238,6 mil de segunda geração e 22,3 mil de terceira geração.
O Dia Internacional das Pessoas Afrodescendentes foi proclamado pelas Nações Unidas em 2020 para promover e proteger os direitos das pessoas de ascendência africana, reconhecer as suas contribuições e reforçar o compromisso com igualdade, justiça e desenvolvimento.
A Assembleia-Geral da ONU aprovou em dezembro de 2024 a Segunda Década Internacional para Pessoas de Ascendência Africana, que decorre entre 2025 e 2034, com o tema “Reconhecimento, justiça e desenvolvimento”.