Embora não reúnam ampla aceitação, em particular pela sua volatilidade, as criptomoedas são um ativo em que muitos já confiam e por via do qual muitos já conseguiram enriquecer. Nesse sentido, para incluir Portugal no mapa dos criptoativos, foi criado o Instituto Português de Bitcoin (IPB).
Numa iniciativa promovida pelo Instituto New Economy, o Instituto Português de Bitcoin (IPB) foi formalmente criado em julho de 2025.
Sob a presidência de Henrique Corrêa da Silva, o novo instituto pretende colocar Portugal na linha da frente da inovação monetária e tecnológica ligada ao Bitcoin, reforçando a sensibilização dos decisores públicos para a relevância estratégica da criptomoeda.
Mais do que isso, o recém-criado IPB procura que seja estudada a viabilidade de uma reserva estratégica de Bitcoin por parte do Estado, por forma a orientar o país para as tendências internacionais.
Portugal não pode esquecer a importância global das criptomoedas
Em entrevistas, Francisco Quartin Macedo, presidente do Instituto Português de Bitcoin, explicou que Portugal não pode ficar para trás, uma vez que as criptomoedas já começam a ser vistas como um ativo semelhante ao ouro, mas com vantagens adicionais, nomeadamente:
- Divisibilidade;
- Portabilidade;
- Ausência de intermediários.
Além destas, o facto de existir uma oferta limitada programada, até 21 milhões de unidades, é considerado uma vantagem do Bitcoin. Afinal, este limite confere-lhe características únicas no cenário das reservas de valor.
Na perspetiva de Francisco Quartin Macedo, Portugal deve assumir uma posição de vanguarda no contexto da União Europeia em termos de inovação económica e soberania financeira.
Para isso, precisa de promover o acesso a produtos como ETF de Bitcoin e corrigir a lentidão da implementação regulatória no espaço europeu.
Segundo o novo IPB, a criação de uma reserva estratégica de Bitcoin seria um sinal claro de soberania financeira e diversificação dos ativos públicos.
Mais do que isso, reforçaria a posição de liderança do país no ecossistema das criptomoedas.
Tendo em conta que os criptoativos são olhados como “ouro digital”, Portugal deve aproveitar as suas mais-valias, nomeadamente para atrair talento, estimular competências digitais e ganhar de visibilidade no mercado global.
Perante um cenário de rápido crescimento do mercado das criptomoedas, a proposta de uma reserva estratégica de Bitcoin por parte do Estado reflete a ambição do IPB de colocar Portugal na vanguarda, liderando uma nova era de políticas públicas focadas em inovação, liberdade financeira e modernização económica.
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