De forma surpreendente, ou não, Erik Ten Hag foi despedido esta segunda-feira do comando técnico do Bayer Leverkusen após ter somado apenas três jogos oficiais, dois deles para a Bundesliga e sem vitórias. Em comunicado, o clube explicou as razões aos seus adeptos, com Simon Rolfes, diretor-geral, e o CEO Fernando Carro a garantirem que esta foi a melhor decisão para ambas as partes.

Bastaram apenas algumas horas para o treinador neerlandês responder a ambos e criticou duramente a direção: lamentou a falta de confiança e lembrou que o clube passou por uma grande revolução neste mercado de verão, com a perda de jogadores muito importantes, pedindo mais tempo.

«A decisão da direção do Bayer Leverkusen, esta manhã, de me colocar em licença foi uma surpresa total. Separar-se de um treinador após apenas duas partidas do campeonato é algo sem precedentes. Neste verão, muitos jogadores importantes que fizeram parte dos sucessos anteriores deixaram o plantel. Construir uma equipa nova e coesa é um processo cuidadoso que requer tempo e confiança. Um novo treinador merece espaço para implementar a sua visão, definir os padrões, moldar o plantel e deixar a sua marca no estilo de jogo», começou por dizer, num comunicado lançado nas redes sociais pela SEG, a sua agência.

«Comecei este trabalho com total convicção e energia, mas infelizmente a direção não estava disposta a conceder-me o tempo e a confiança de que eu precisava, o que lamento profundamente. Sinto que esta nunca foi uma relação baseada na confiança mútua. Ao longo da minha carreira, todas as épocas que consegui levar até ao fim como treinador trouxeram sucesso. Os clubes que depositaram a sua confiança em mim foram recompensados com sucesso e troféus», lamentou, deixando uma mensagem também para os adeptos.

«Por fim, gostaria de agradecer aos adeptos do Bayer Leverkusen pelo seu carinho e paixão, e desejo à equipa e à equipa técnica todo o sucesso para o resto da época», finalizou o antecessor de Ruben Amorim no Manchester United.