“Fizemos 12 faltas levámos 6 cartões amarelos”. A frase é do treinador do Benfica, Bruno Lage, no final da partida em que a sua equipa venceu o Alverca por 2-1.
Apesar dos três pontos e das águias manterem-se 100% eficazes nos seus objetivos em todas as competições em que já jogaram, Lage, na flash interview, começou por contra-questionar o jornalista da Sport TV sobre a pergunta se o Benfica tinha “sofrido demasiadamente”, mas acabou por reconhecer que a sua equipa sofreu nos minutos finais e estendeu mesmo essa avaliação a mais de metade da 2.ª parte, com esta justificação: “Duas partes distintas. Com 11 fomos claramente a melhor equipa em campo (…). A seguir à expulsão, o jogo mudou.”
Recorde-se que o lateral-direito bósnio do Benfica viu o 2.º cartão amarelo aos 70 minutos.
O treinador encarnado, que já mostrara grande irritação nos últimos minutos do jogo e também depois do apito final, passou, então, a discriminar com números as suas razões de discordância com o árbitro (José Bessa): a correlação entre o número de faltas e o de cartões amarelos da sua equipa no global e do próprio Dedić e, ainda de forma mais específica, o desacerto no 2.º cartão amarelo mostrado a Dedić e consequente expulsão.
Confirma-se que o Benfica só fez 12 faltas e viu 6 cartões amarelos?
Não. A estatística oficial do jogo, que pode ser consultada no site da Liga Portugal, indica que foram 18 as faltas cometidas pelos jogadores encarnados, portanto, mais 1/3 dos que as referidas por Lage. Curiosamente, o Alverca, sim, fez 12 faltas e viu 4 amarelos. Portanto, num critério exclusivamente quantitativo – o usado por Buno Lage –, Alverca e Benfica tiveram a mesma proporção de cartões amarelos por faltas cometidas (1 em cada 3).
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Avaliação do Polígrafo Futebol: