“Vou reduzir os 50 dias que lhe dei para um período mais curto”, declarou o presidente norte-americano em declarações a partir de Turnberry, na Escócia, sem especificar inicialmente para quando iria antecipar a potencial aplicação de sanções.
“Conversei bastante com o presidente Putin. Eu dava-me muito bem com ele, mas das cinco vezes, e todas as vezes, talvez quatro vezes, em que tivemos conversas, (…) achei que estávamos perto de resolver isto inúmeras vezes. E o presidente Putin sai [das conversações] e começa a lançar mísseis contra cidades como Kiev e mata um monte de pessoas em um asilo ou algo assim”, argumentou, numa conferência de imprensa conjunta com Keir Starmer.
Trump decidiu reduzir o prazo que tinha estabelecido para o presidente da Rússia parar com os ataques à Ucrânia porque Vladimir Putin ignorou os avisos, o que o desiludiu.
“Não é assim que se faz. Por isso, vamos ver o que acontece. Estou muito dececionado. Estou dececionado com o presidente Putin, muito dececionado com ele”, lamentou o presidente norte-americano, repetindo que vai encurtar o prazo. “Acho que já sei a resposta, o que vai acontecer”.
No passado dia 14 de julho, Trump avisou Putin de que aplicaria sanções a Moscovo se, num prazo de 50 dias, a Rússia não pusesse fim à ofensiva na Ucrânia.
Questionado pelos jornalistas sobre se já tinha um novo prazo, Donald Trump sugeriu que seria entre 10 a 12 dias.
“Vou estabelecer um novo prazo, de uns 10 ou 12 dias. Não há motivo para esperar. Defini 50 dias, queria ser generoso, mas não vemos nenhum progresso”.
A Ucrânia já saudou a decisão e “a firmeza” de Trump ao anunciar a intenção de encurtar o prazo das sanções.
“Obrigado ao Presidente [Donald Trump] por mostrar firmeza e enviar uma mensagem clara de paz através da força”, sublinhou o chefe do gabinete da Presidência ucraniana, Andri Iermak, na rede social X.