Enquanto isso, o exército de Israel começou esta terça-feira a mobilizar dezenas de milhares de reservistas no âmbito do plano de ocupação da cidade de Gaza aprovado pelo Governo de Benjamin Netanyahu, segundo noticiaram os meios de comunicação israelitas.
A maioria dos reservistas já esteve em Gaza nos últimos meses e agora é obrigada a servir mais três meses, com a possibilidade de um prolongamento em função das necessidades, de acordo com a imprensa israelita.
O jornal Haaretz referiu que foram convocados 60.000 reservistas numa primeira fase, enquanto outros meios de comunicação, como o Ynet, falam de 40.000, referiu a agência de notícias EFE.
No total, de acordo com o Ynet, serão necessários entre 110.000 e 130.000 reservistas para completar a operação, que implica deslocar um milhão de habitantes de Gaza depois de quase dois anos de guerra.
Questionado pela EFE, o exército israelita disse que estava a rever os dados.
O início da mobilização ocorre numa altura em que as forças israelitas avançam no norte e no centro do enclave, atacando partes de Zeitun e Shijaiyah, dois bairros a oeste da cidade de Gaza.
Zeitun, outrora o maior bairro da cidade de Gaza, com mercados, escolas e clínicas, foi transformado no último mês, apresentando agora ruas vazias e edifícios reduzidos a escombros.
Tornou-se numa “zona de combate perigosa”, como as forças de Israel lhe chamaram na semana passada, disse a agência de notícias Associated Press (AP).
A cidade de Gaza é o bastião político e militar do Hamas e, de acordo com Israel, ainda abriga uma vasta rede de túneis, apesar das múltiplas incursões ao longo dos 23 meses da ofensiva israelita.
É também um dos últimos refúgios no norte, onde centenas de milhares de civis estão abrigados, enfrentando a dupla ameaça de combates e fome.
O Haaretz noticiou que nem todos os reservistas agora mobilizados vão para a Faixa de Gaza, dado que alguns serão enviados para bases militares na Cisjordânia ocupada e no norte de Israel.
Alguns reservistas convocaram um protesto para esta terça em Telavive por rejeitarem os planos de ocupação do executivo israelita.