Ivana Maria Fossari foi daquelas profissionais comprometidas, entusiastas de causas que envolvem assistência ao próximo, especialmente na pediatria. Sua dedicação era notável, especialmente nas décadas em que trabalhou na internação pediátrica do Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago, da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), em Florianópolis, onde nasceu.

Ivana estava no HU-UFSC desde 1995, destacando-se pelo carinho e alegria no cuidado aos pacientes e suas famílias. Tinha o sorriso largo e a energia contagiante. Sempre solícita, aliou seu conhecimento técnico e científico ao teatro, demonstrando leveza no cuidado das crianças.

Formada em enfermagem e letras, fez mestrado em educação e doutorado em engenharia e gestão do conhecimento, todos pela UFSC, onde foi servidora e professora, “deixando um legado de dedicação, profissionalismo e carinho no cuidado aos pacientes e no trabalho com os colegas”, publicou a universidade.

Amante das artes, integrou o auxílio técnico de peças no teatro Carmen Fossari, nomeado em homenagem à sua irmã, atriz e diretora que também foi professora da UFSC e morreu em 2021. Ivana atuou em curtas-metragens e em mais de 60 peças no Grupo de Pesquisa Teatro Novo, que a definiu como uma atriz brilhante e diretora genial, acolhedora, afetuosa, persistente, cheia de energia e alegria.

É ainda descrita como honesta, humilde e preocupada com o bem-estar coletivo. Dava aulas de improvisação para novos atores, incentivando e integrando todos. “Ótima atriz, performática, criativa na construção de objetos para as cenas, tinha habilidades manuais artísticas. Estava sempre animada e com alto-astral”, lembra o amigo Nei Perin.

Filha de Irene e Domingos Fossari, artista plástico e professor da UFSC, Ivana era a caçula de nove irmãos, uma criança vivaz e serelepe, que “vivia fazendo artes”, recorda a irmã Dulce Fossari, destacando sua dedicação e paixão às profissões.

Outra irmã, Iara Fossari, a define como uma mulher de pulso firme, determinada e líder, que amava enfeitar a casa para o Natal. “Seu empenho era marcante e prezava os encontros familiares, quando gostava de preparar pratos especiais.”

O mesmo zelo se repetia na Páscoa, quando decorava as cestinhas com os nomes de cada um, desenhadas à mão em letras coloridas, conta a irmã Rosa Fossari. “Fazia tudo com alegria e dedicação, transformando cada detalhe em uma demonstração de amor.”

Ivana morreu em 20 de julho de 2025, aos 67 anos, de câncer. Deixa seis irmãos e dez sobrinhos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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