“Há drones a circular perto dos barcos da flotilha que estão a umas poucas milhas náuticas de Menorca. São navios humanitários. Porque nos vigiam?”, escreveu nas redes sociais a deputada portuguesa Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, que integra a Global Sumud Flotilla.

Além de vários participantes na flotilha, também a organização Global Movement to Gaza, uma das que promoveu a Global Sumud Flotilla, denunciou igualmente a presença de drones, cuja origem não conseguiram identificar.

A Global Movement to Gaza manifestou “séria preocupação” em relação à segurança da flotilha, sublinhando que é uma iniciativa “civil, pacífica e não violenta”, e apelou ao Governo de Espanha para assumir “a sua responsabilidade política e legal”.

“Espanha deve oferecer proteção diplomática prévia e garantir publicamente a livre navegação da flotilha até Gaza”, tal como estabelece a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, considerou a organização, que realçou que há vários barcos na Global Sumud Flotilla com bandeira espanhola.

A organização pediu, em concreto, que o Governo de Espanha declare de forma oficial o compromisso com a proteção da Global Sumud Flotilla.

Em paralelo, o partido italiano Verde Esquerda (AVS) denunciou que vários aviões militares israelitas sobrevoaram na terça-feira a Sicília e aterraram na base militar de Sigonella (sul de Itália), numa operação que considerou poder estar relacionada com a Global Sumud Flotilla.

Integram esta flotilha, que pretende ser “a maior missão humanitária da história” com o território palestiniano de Gaza, centenas de pessoas de 44 países, incluindo três portugueses: a deputada e dirigente do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua, o ativista Miguel Duarte e a atriz Sofia Aparício.

Outra das participantes é a ativista sueca Greta Thunberg, que anunciou a criação da flotilha a 10 de agosto como “a maior tentativa de romper o bloqueio ilegal israelita a Gaza”.