Pelas 18h deste sábado, 529 operacionais, apoiados por 151 viaturas e 13 aeronaves, combatiam um incêndio que deflagrou em Sandomil, no concelho de Seia, distrito da Guarda, mostra o site da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC). O incêndio ainda está em curso e foi retido um suspeito.
O suspeito de ter ateado o fogo está retido no Posto Territorial da GNR de Seia, disse à Lusa fonte da corporação. A mesma fonte explicou que o suspeito ainda não foi detido, uma vez que teve de ser contactada “a Polícia Judiciária (PJ) por se poder tratar de crime doloso”.
A fonte da Guarda Nacional Republicana refere que os crimes dolosos de incêndio florestal são da competência da PJ, sendo as detenções efectuadas por esta polícia.
O alerta para o fogo foi dado às 11h29, segundo o site da ANEPC, mas as chamas, agora com duas frentes activas, terão começado a lavrar uma hora antes e consomem uma zona de povoamento florestal. Não há, para já, povoações em risco, mas há pedidos de confinamento.
Fonte do Comando Sub-regional de Emergência e Protecção Civil das Beiras e Serra da Estrela disse à Lusa que a prioridade dos operacionais envolvidos no combate ao incêndio é a protecção das habitações devido à intensidade do vento que atinge rajadas de 40 quilómetros por hora e que tem dificultado o combate.
Não há localidades evacuadas, mas a Câmara Municipal de Seia dá conta, através das redes sociais, que a orientação é para confinamento em todas as localidades da área afectada pelo fogo. Numa publicação nas redes sociais, a Câmara Municipal de Seia refere que estão cortadas e condicionadas ao trânsito as estradas municipais que ligam Corgas a Sandomil e entre Carragozela e Várzea, a Estrada Nacional 17, entre a Ponte de Santiago e Oliveira do Hospital e entre Santiago e Santa Eulália, a Estrada da Assamassa, entre S. Romão e Catraia de S. Romão, e os acessos a Vila Cova à Coelheira.
Portugal foi fustigado por grandes incêndios florestais nos meses de Julho e Agosto de 2025. No dia 25 de Agosto, as estatísticas do Sistema Europeu de Informação sobre a Floresta afirmavam que a área ardida total resultante desses incêndios era já de 3,04% do território português. O incêndio no Piódão, concelho de Arganil, consumiu 64 mil hectares, a maior área ardida em Portugal desde que há registo.
Com Lusa.