Este domingo à noite, um olhar sobre o céu não permitiu ver apenas a lua cheia de setembro, mas o último eclipse lunar do ano. Durante cerca de uma hora e meia, a Lua “viajou” na sombra do planeta Terra, sem ser tocada pelo sol. O resultado foi uma “Lua de Sangue“: uma lua cheia de cor avermelhada.
O tom sangue aparece devido à refração da atmosfera da Terra, que funciona como “um prisma” para a luz do Sol, explicou a astrónoma Rachel Dutton, à BBC. “Se fôssemos um planeta sem atmosfera, a Lua pareceria só que ficar escura, mas em vez disso, fica com aquela sombra vermelha e dá-nos esta cor maravilhosa”, explicou. O fenómeno da refração da luz na atmosfera também é visível no dia-a-dia: por exemplo, quando o céu se pinta do mesmo tom durante o pôr-do-sol.
O eclipse total deste domingo foi o segundo e último de 2025. O primeiro, foi visível em março deste ano. Contudo, o eclipse total deste domingo não foi visível em todo o país. Nas zonas mais a oeste, a Lua só nasceu já depois do fim do eclipse total — que se verificou entre as 18h30 e as 19h52. Nestas regiões, foi possível, ainda assim, ver o eclipse parcial, quando a Lua “reaparece” à luz do Sol.
Já o eclipse total foi visível na maior parte da área dos continentes europeu, africano, asiático e da Oceânia. No continente americano, não foi possível observar nenhuma parte do eclipse — total ou parcial. Na maior parte do continente asiático, foi possível observar o eclipse na sua totalidade, o que durou mais de cinco horas.
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