Euromaster

Um cardiologista britânico, assessor da MAHA Action de Robert F. Kennedy Jr., secretário de Estado de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, garantiu que “é altamente provável que as vacinas contra a Covid-19 tenham sido um fator, um fator significativo no cancro de membros da família real [britânica]”.

Aseem Malhotra discursou na conferência do partido Reform UK em Birmingham este sábado, no momento em que disse que lhe pediram para transmitir a opinião de um oncologista que vinculou os diagnósticos de cancro do rei Carlos III e Kate Middleton à vacina contra o SARS-CoV-2.

De acordo com as autoridades de saúde pública, alegações de que vacinas contra a Covid-19 causaram cancro de figuras públicas proeminentes podem afetar a confiança pública nos programas de vacinação: isto num momento em que Kennedy cancelou, no mês passado, todo o financiamento federal para 22 projetos de desenvolvimento de vacinas de mRNA nos Estados Unidos, garantindo que “não protegem efetivamente contra infeções do trato respiratório superior, como a Covid-19 ou gripe”.

Aseem Malhotra descreveu a opinião como a de um especialista que indicou ser “um dos oncologistas mais eminentes da Grã-Bretanha”. “Ele acha muito provável que as vacinas contra a Covid-19 tenham sido um fator no cancro de membros da família real”, salientou. Recorde-se que o diagnóstico do rei foi anunciado pelo Palácio de Buckingham em fevereiro de 2024, e a Princesa de Gales anunciou que estava em tratamento em março de 2024, sendo que anunciou uma remissão em janeiro último.

No entanto, a opinião partilhada pelo especialista está longe da mensagem dos principais órgãos de saúde e investigadores de cancro. A Cancer Research UK declarou ao jornal britânico ‘The Guardian’: “Não há evidências concretas de uma ligação entre a vacina contra a Covid-19 e o risco de cancro. A vacina é uma forma segura e eficaz de proteção contra a infeção e prevenção de sintomas graves.”