A primeira parceria do género foi fechada em Julho deste ano e anunciou a construção de 124 casas destinadas ao mercado de arrendamento acessível. Agora, a Câmara do Porto aprovou a celebração de um novo contrato, desta vez com a empresa Lusares – Sociedade Imobiliária, para a construção de 195 casas. Os fogos vão integrar a modalidade Built to Rent do programa Porto com Sentido, para “famílias com rendimentos intermédios”.
O vereador do Urbanismo e Habitação, Pedro Baganha, apresentou, na reunião de câmara desta segunda-feira, algumas imagens do futuro empreendimento localizado entre a Alameda de Cartes e a Rua da Arada, em Campanhã. Serão 66 TO, 29 T1 e 100 T2, com rendas mensais entre os 525 e os 830 euros, podendo os arrendatários candidatarem-se a subsídios de renda.
O contrato que será assinado com a empresa Lusares é de promessa de arrendamento destes fogos por parte do município, por um período de dez anos, renovável por igual período se as partes entrarem em acordo. A empreitada tem um tempo estimado de três anos e está prevista a sua conclusão para Maio de 2029.
Entre 2029 e 2039, década em que o contrato de arrendamento é válido, o município estima um gasto de cerca de 16 milhões de euros.
Para Pedro Baganha, o momento é de celebração e esta modalidade de subarrendamento é vencedora: “Este é um caminho muito válido para o aumento da habitação acessível na cidade”, acredita.
Os vereadores Joana Rodrigues (CDU) e Sério Aires (BE) sublinharam a sua discordância, precisamente, quanto ao modelo, sublinhando que as casas continuam a não ter valores acessíveis à maioria das pessoas com carência habitacional. O bloquista quis ainda realçar a altura das torres propostas por esta empresa: “Espero que já haja um abaixo-assinado contra a altura daquelas torres, como aconteceu noutros locais”, provocou, fazendo referência à polémica em torno das torres na Avenida Nun’Álvares.