De acordo com a acusação do MP, o arguido utilizava a vítima, Thulio Silva, para obter dinheiro através de esquemas fraudulentos. Quando Thulio Silva não lhe entregava o dinheiro que obtinha, castigava-o. Assim foi em dezembro de 2024, quando o arguido atraiu o ofendido à sua residência e o manteve retido, por conta de uma dívida.
Em janeiro de 2025, pela mesma razão, o arguido decidiu matar a vítima, o que acabou por fazer, no dia 29 desse mês, ao dar-lhe um tiro na cabeça, no interior da sua habitação em Fernão Ferro, sustenta o MP.
De seguida, com o auxílio de um segundo arguido, transportou o cadáver na bagageira de um automóvel para a zona da praia da Ponta dos Corvos, onde depositou o cadáver num contentor de lixo e lhe ateou fogo, para o carbonizar e, evitando a sua identificação, impedir a descoberta da autoria do crime.
No processo, o MP acusa o segundo arguido por auxílio na profanação do cadáver.
A vítima, Thulio Silva, de 21 anos
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Os restos mortais de Thulio Silva foram ali descobertos ainda no dia 29 de janeiro. A vítima estava completamente irreconhecível, mas, graças a um objeto que não foi consumido pelas chamas, a PJ chegou à sua identificação e, posteriormente, à do autor do homicídio e da motivação do crime.
Thulio Silva morava no Brasil e veio para Portugal há dois anos. Chegou a trabalhar como eletricista no Montijo e morava com a namorada na zona da Charneca da Caparica.