Quatro meses depois de ter revelado a sua última obra em França, Banksy volta a atacar. O artista anónimo apresentou esta segunda-feira, 8 de setembro, um novo mural à entrada do tribunal Royal Courts of Justice, em Londres. Em menos de 24 horas, a obra foi coberta pelas autoridades.

A peça, partilhada na conta oficial de Instagram do artista, mostrava um juiz, de peruca e toga, prestes a agredir um manifestante caído no chão com um cartaz manchado de sangue. A intervenção surgiu dias depois de as autoridades britânicas terem detido mais de 900 pessoas em Londres, durante uma manifestação de apoio à Palestina.

De acordo com a BBC, o mural foi rapidamente ocultado com placas de plástico e barreiras metálicas, após a Polícia Metropolitana ter recebido uma denúncia de danos criminais. Existe a possibilidade de ser removido em definitivo.

A advogada e deputada trabalhista Harriet Harman afirmou acreditar que a obra era um “protesto contra a lei”. “O Parlamento faz a lei, e os juízes simplesmente interpretam-na”, declarou. “Não creio que haja qualquer evidência, em termos do direito de protesto, de que os juízes tenham reprimido protestos para além do que o Parlamento pretendia”.

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