A Nvidia lançou o Rubin CPX, uma nova classe de processadores gráficos (GPU) que, de acordo com o comunicado de imprensa da empresa, foi concebida para processamento de contextos maciços. Este novo chip foi desenvolvido para acelerar sistemas de inteligência artificial (IA) capazes de lidar com milhões de “tokens”, o que é essencial para aplicações como a programação de software e a criação de vídeo generativo.

O Rubin CPX trabalha em conjunto com as CPUs Nvidia Vera e as GPUs Rubin, integrados na nova plataforma Nvidia Vera Rubin NVL144 CPX. Esta plataforma, segundo a Nvidia, oferece um salto significativo no desempenho de IA, alcançando oito exaflops de performance (um quintilhão de operações por segundo), o que representa um aumento de 750% relativamente ao sistema anterior, o Nvidia GB300 NVL72.

O CEO da Nvidia, Jensen Huang, afirmou que “a plataforma Vera Rubin marcará outro salto na fronteira da computação de IA”, salientando que o Rubin CPX é o primeiro GPU concebido para IA de contexto maciço, onde os modelos conseguem “raciocinar através de milhões de tokens de conhecimento de uma só vez”.

O novo chip foi projectado para lidar com tarefas exigentes, como a análise de vídeo, onde os modelos de IA podem necessitar de até um milhão de tokens para uma hora de conteúdo. O Rubin CPX integra descodificadores e codificadores de vídeo, bem como processamento de inferência de contexto longo, num único chip para “capacidades sem precedentes em aplicações de formato longo, como pesquisa de vídeo e vídeo generativo de alta qualidade”.

Retorno de investimento

A Nvidia sublinha que o Rubin CPX permite que as empresas obtenham receitas a uma escala nunca vista. De acordo com a empresa, é possível gerar “cinco mil milhões de dólares em receita de tokens por cada 100 milhões de dólares investidos” usando a nova tecnologia.


Empresas como a Cursor, que cria editores de código para IA, e a Runway, que trabalha com vídeo generativo, estão já a explorar a forma como o Rubin CPX pode acelerar as suas aplicações. O CEO da Cursor, Michael Truell, referiu que, com este novo processador, a empresa que lidera poderá oferecer “geração de código e insights para programadores à velocidade da luz”. Por sua vez, o CEO da Runway, Cristóbal Valenzuela, considera que o Rubin CPX é um “grande salto em desempenho, suportando cargas de trabalho exigentes”.

A disponibilidade do Nvidia Rubin CPX está prevista para o final de 2026.