Ao todo, o incidente gerou dois feridos ligeiros, que acabaram por ter de ser transportados para o hospital de Gaia. As duas vítimas, sofreram com a inalação do fumo, havendo ainda uma senhora que terá sofrido um ataque de ansiedade.

Eram cerca das 14.20 horas, quando foi dado o alerta de que estava a sair muito fumo de um apartamento no 2.º andar, na Rua Manuel da Rocha Páris. Amanda Costa é vizinha da família que ficou com a casa destruída e assistiu em primeira mão ao incidente.

“Trabalho em casa e começou a tocar o alarme de incêndio. Quando me apercebi que estava a sair muito fumo por uma janela, liguei para os bombeiros, que me disseram que já estavam a vir”, começou por contar.

Amanda revelou ainda que passou por momentos complicados, tendo receado que o fogo passasse para a sua casa. “Tive medo de perder tudo. O meu primeiro pensamento foi que o incêndio pudesse alastrar para minha casa. Liguei logo para o meu marido, que estava a trabalhar, mas pela fumaça que se via, o susto foi muito grande”.

Intervenção rápida

Chegado ao local, o Chefe José Barbosa, dos Sapadores de Gaia, deparou-se com uma situação que necessitava de uma intervenção rápida, tendo os bombeiros presentes atuado de pronto.

“Quando chegámos, o apartamento estava completamente tomado pelas chamas e o fogo estava a arder com bastante intensidade. Fizemos uma montagem de serviço e extinguimos o incêndio através de uma coluna seca”, começou por explicar, antes de adiantar o que se passou nos momentos seguintes.

“O edifício foi imediatamente evacuado e as pessoas saíram em segurança. As escadas estavam cheias de fumo, porque, por negligência, as pessoas deixam as portas corta-fogo abertas”, concluiu José Barbosa.

As causas do incêndio, que acabou por ser extinto por volta das 15 horas, ainda não são conhecidas. Enquanto os bombeiros atuavam, os vizinhos aguardavam à porta do prédio, ansiosos por perceber quando poderiam regressar a casa para confirmar que não havia consequências do incidente.

Pelo que o JN conseguiu apurar, o agregado familiar que vive na casa onde o fogo deflagrou é composto por três pessoas. Segundo adiantou fonte dos Bombeiros, a família já terá acautelado um sítio onde ficar durante os próximos dias, enquanto não resolve a situação da casa.

Bombeiro teve de ser assistido

Segundo fonte dos Sapadores de Gaia um bombeiro teve de ser assistido enquanto decorriam as operações de extinção do incêndio, devido a sintomas de exaustão. No local estiveram 25 operacionais, apoiados por 10 viaturas dos Sapadores de Gaia e dos Bombeiros de Coimbrões e Avintes. PSP e Polícia Municipal também marcaram presença.