É uma das grandes incógnitas que pairam sobre a morte de Charlie Kirk: quem é o atirador que matou a tiro o ativista político conservador esta quarta-feira? As autoridades norte-americanas já detiveram dois suspeitos, mas foram libertados após serem interrogados. O FBI divulgou, esta quinta-feira, uma fotografia de uma “pessoa de interesse” que poderá ser (ou não) o atirador.

Nas redes sociais, foram divulgados dois vídeos de testemunhas que estavam no local — verificados pela BBC e pelo canal australiano ABC — em que dá para ver que o atirador estava em cima de um edifício quando disparou contra Charlie Kirk. No entanto, devido a terem sido gravados à distância, não é clara a identidade daquele que é o principal suspeito, que usou roupas negras na altura do crime.

Esta quinta-feira, numa conferência de imprensa, as autoridades deram mais detalhes sobre o alegado homicida. Será jovem e “integrava-se bem” no ambiente universitário. “Este indivíduo parece estar em idade universitária”, afirmou o comissário do Departamento de Segurança Pública do Utah, Beau Mason, acrescentando que a polícia está “confiante” na habilidade para localizar o indivíduo.

Na mesma conferência de imprensa, o agente especial do FBI responsável pelo caso do assassinato de Charlie Kirk, Robert Bohls, adiantou que foi recuperada aquela que se acredita ser a “arma usada no tiroteio”. Tratava-se de uma “carabina de alta potência” que “foi recuperada numa área arborizada para onde o atirador tinha fugido”. O laboratório do FBI está a analisar esta arma enrolada numa toalha.

Citando fontes próximas da investigação, o Wall Street Journal avançou que as autoridades encontraram munições da carabina alegadamente usada no crime com inscrições de expressões antifascistas e de defesa dos direitos dos transgénero.

“Os investigadores também recolheram calçado, impressões digitais e impressões do antebraço para análise”, indicou Robert Bohls, que sublinhou que estão a ser usadas imagens e vídeos do indivíduo para o localizar. O agente do FBI detalhou que conseguiram “seguir os movimentos do atirador a partir das 11h52” (hora local).

“Este indivíduo chegou ao campus, a uma curta distância do campus. Seguimos os seus movimentos lá dentro, através das escadas, até ao telhado, através do telhado, até ao local do tiroteio”, descreveu Robert Bohls, acrescentando que, após o crime, “fugiu do campus e entrou num bairro residencial”.

A investigação está em curso. Contudo, o atirador ainda continua a monte. “Estamos a fazer tudo para o encontrar. Não temos a certeza o quão longe já terá ido, mas nós vamos fazer o nosso melhor”, assegurou Robert Bohls, que não respondeu à pergunta se o FBI já tinha descoberto onde tinha sido comprada a carabina. “Estamos a trabalhar nisso.”

Logo após os disparos, um homem chamado George Zinn, que estava no campus da Universidade Utah Valley a assistir ao evento de Charlie Kirk, foi detido pelas autoridades por obstrução à Justiça. Mas foi depois libertado.

Momentos depois, no X, o diretor do FBI, voltou a anunciar que tinham detido outro suspeito que teria estado envolvido no crime. Porém, Kash Patel recorreu às redes sociais para indicar que essa pessoa foi “libertada na sequência de interrogatório pelas autoridades”.

O FBI abriu uma linha telefónica, horas depois do crime, para receber pistas sobre a identidade e o paradeiro do atirador. Até ao momento, já foram recebidas 130 pistas.