“Vamos cumprir a nossa promessa: não haverá Estado palestiniano, este
lugar pertence-nos”
, afirmou Benjamin Netanyahu durante a visita ao assentamento de Maalé Adoumim, na Cisjordânia, uma colónia israelita situada a leste de Jerusalém. “Preservaremos a nossa herança, a nossa terra e a nossa segurança. Vamos duplicar a população da cidade”, prosseguiu. 


No mês passado, Israel aprovou um controverso plano para a construção de 3.400 habitações na Cisjordânia, denunciado pela ONU e vários líderes estrangeiros. O projeto E1 prevê dividir este território palestiniano em dois, ampliando a área habitacional israelita e compremetendo qualquer continuidade territorial de um Estado palestiniano. 


Em resposta aos anúncios de vários países da sua intenção de reconhecer um Estado da Palestina, já este mês na Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova Iorque, o ministro israelita das Finanças Bezalel Smotrich apelou à aceleração da implementação do plano e à anexação da Cisjordânia ocupada. 


A decisão foi veemente condenada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, e pela Autoridade Palestiniana que denunciou uma nova etapa da “anexação progressiva da Cisjordânia”.


A decisão das autoridades israelitas de expandir a construção de colonatos ilegais, que dividirão a Cisjordânia, deve ser revertida. Qualquer construção de colonatos é uma violação do direito internacional”, afirmou António Guterres.   


c/agências