Os ataques contra um estabelecimento prisional causaram 16 mortos e 35 feridos, de acordo com o chefe da administração presidencial ucraniana, Andriï Iermak, que denunciou “mais um crime de guerra cometido pelos russos”.
“O regime Putin, que também faz ameaças contra os Estados Unidos através de alguns dos seus porta-vozes, têm de enfrentar golpes económicos e militares que o privem da capacidade de continuar a guerra”, disse Iermak no X.
“Este é outro crime de guerra dos russos, que não vão parar se não forem detidos”, acrescentou.
Através do Telegram, o governador Ivan Fedorov indicou que os prédios da penitenciária foram destruídos e as residências nas redondezas ficaram danificadas.
As forças russas atacam regularmente a região de Zaporizhzhia, desde o início da guerra em fevereiro de 2022. A Rússia declarou unilateralmente a anexação de partes desta região, mas Kiev e os aliados ocidentais acusam Moscovo de apropriação ilegal de terras.
Os outros três bombardeamentos na região de Dnipropetrovsk causaram, pelo menos, quatro mortos e oito feridos, indicou o chefe da administração regional, Sergiï Lysak. Esses ataques com ‘drones’ explosivos e bombas guiadas visaram as comunidades de Mezhyivska, Dubovykivska e Slovianska, ainda de acordo com o responsável.
O presidente ucraniano confirmou, entretanto, que há pelo menos 22 mortos nestes ataques, o que os torna do mais mortais na Ucrânia nos últimos meses. De acordo com Volodymyr Zelensky, o ataque a um hospital da cidade Kamianske matou três pessoas, incluindo uma mulher grávida de 23 anos. Quanto ao bombardeamento na prisão de Zaporizhzhi, o chefe de Estado não tem dúvidas de que foi “deliberado”
“Cada assassinato do nosso povo pelos russos; cada ataque russo, quando poderia ter havido um cessar-fogo há muito tempo, se a Rússia não tivesse recusado – tudo isso mostra que Moscovo merece uma pressão de sanções muito dura, verdadeiramente dolorosa e, portanto, justa e eficaz”, afirmou nas redes sociais.
“[Os russos] têm de ser forçados a parar com os assassinatos e fazer a paz”.
Horas antes destes ataques, Zelensky expressou esperança com a pressão de Donald Trump e agradeceu ao presidente norte-americanos pelas declarações que vieram “na hora certa, quando muita coisa pode mudar em prol da paz”.