Está confirmado! José Machado é treinador da equipa de natação do Algés.
Pouco mais de um mês após ter sido, surpreendentemente, dispensado do Benfica, que não lhe renovou o contrato de um ano depois de o ter ido buscar à federação de natação antes do início da temporada anterior — juntamente com Miguel Frischknecht que permanece na Luz —, Machado, de 60 anos, assumiu o comando do clube onde começou na natação e competiu nove temporadas, às quais se podem acrescentar outras quatro no polo aquático e três como treinador desta modalidade.
Machado, ex-diretor desportivo para todas as disciplinas da Federação Portuguesa de Natação e que durante muitas épocas antes liderou a equipa do Colégio Vasco da Gama, treinará a equipa ao lado de André Ribeiro, também antigo nadador do clube e que já liderava os algesinos como principal treinador desde a saída de Miguel Frischknecht.
Outra grande novidade é o facto de José Machado trazer consigo, vindos das águias e para treinar na piscina do Jamor, os seniores Yuri Fomin, Cláudia Borges e Ema Conceição, assim como os juniores Carlota Boleixa, Li Tongueer e Ana Pires, o que reforçará a aspiração do Algés a lutar pelo pódio no nacional de clubes.
Campeonato no qual o centenário clube contabiliza dois títulos absolutos, quando a prova juntava a soma dos pontos nos dois sexos, dez títulos masculinos (último em 2006/07) e cinco femininos (2018/19).
No final da passada semana também se confirmou a contratação de outro treinador de destaque da natação com a entrada de Rui Borges para o FC Porto e também ele dispensado no final da temporada, mas do Fluvial Portuense, onde se encontrava desde 2012/13, depois de ter largos anos à frente do Leixões.
Rui Borges, de 58 anos, juntou-se assim ao irmão José Manuel Borges no comando dos dragões, num regresso ao clube por quem foi olímpico nos Jogos de Seoul-1988 e se tornou no nadador português com mais títulos de sempre, 207, num total de 286 medalhas.
Entre os vários êxitos e títulos alcançados como técnico do Fluvial, destaque para os apuramentos olímpicos de Vânia Neves (Rio-2016), Angélica André (Tóquio-2020), ambas em águas abertas, e Henrique Mascarenhas (Paris-2024), este na natação pura e por Angola. Angélica, que também esteve em Paris-2024, é desde o último ciclo olímpico nadadora do FC Porto.
«Esta é a minha Cadeira de Sonho. Fui atleta aqui durante 28 anos, saí há exatamente 30, mas este sempre foi o meu clube do coração», começou por referir Rui Borges à comunicação dos portistas sobre o seu regresso.
«Vamos tentar voltar a colocar o nosso clube no topo da natação nacional e conseguir participações internacionais em campeonatos do mundo e jogos olímpicos», prometeu.