A mulher alemã que ficou ferida no acidente com o Elevador da Glória e que estava internada no Hospital Santa Maria, em Lisboa, foi transferida ao final da tarde de sexta-feira para a Alemanha, disse este sábado uma fonte oficial da instituição. Também o marido, que chegou a ser dado como morto, foi na sexta-feira “transferido para uma unidade de saúde no seu país de origem”, Alemanha, encontrando-se em “situação clínica estabilizada”, depois de ter estado internado, desde o acidente, nos cuidados intensivos da ULS São José. São os pais de um menino de três anos que também seguia no elevador.
Segundo a Unidade Local de Saúde (ULS) de Santa Maria, a cidadã alemã ferida foi transferida na sexta-feira para o seu país de origem, na sequência de uma recuperação favorável.
Do total dos oito feridos que o Hospital de Santa Maria recebeu no dia do acidente com o elevador, apenas se mantém “uma senhora nos cuidados intensivos, mas estável e com evolução favorável”, disse à Lusa a mesma fonte.
Segundo informação da Direcção Executiva do SNS, este sábado, ainda se encontram internadas nos hospitais do SNS seis vítimas: três permanecem em unidades de cuidados intensivos e três em internamento.
Na sexta-feira, a ULS São José também anunciou que um ferido do acidente no Elevador da Glória que estava internado nos cuidados intensivos do hospital São José, e cuja situação clínica já se encontrava estabilizada, foi transferido para uma unidade de saúde no seu país de origem (Alemanha).
No Hospital de São José continua internada uma pessoa que também ficou ferida no acidente que aconteceu no dia 3 de Setembro, que se encontra em situação estável.
No Hospital de São Francisco Xavier continuam duas pessoas em cuidados intensivos, uma mulher sul-coreana e uma jovem portuguesa que entrou em estado crítico, enquanto outra mulher ferida já transitou para a enfermaria.
No Hospital Amadora-Sintra está ainda internada na ortopedia uma mulher que foi transferida do São José nos dias seguintes ao acidente, mas que deverá ter alta nos próximos dias, referiu fonte hospitalar.
O elevador da Glória, sob gestão da Carris (sob a tutela do município), descarrilou no dia 3 de Setembro, num acidente que provocou 16 mortos e cerca duas dezenas de feridos.
As 16 vítimas mortais foram entretanto todas identificadas. “As vítimas mortais, oito mulheres e oito homens, tinham idades compreendidas entre os 36 e os 82 anos”, indicou a Procuradoria-Geral da República, apontando a nacionalidade das vítimas: cinco eram portuguesas (quatro eram funcionários da Santa Casa que usavam diariamente o elevador), três do Reino Unido, duas da Coreia do Sul, duas canadianas (uma das quais com dupla nacionalidade canadiana e marroquina), uma suíça, uma francesa, uma ucraniana e uma norte-americana.
Esta semana foi criado um grupo de missão para dar início ao processo de concepção de um novo sistema tecnológico do Elevador da Glória, referiu a Câmara Municipal de Lisboa. Nessa equipa, estarão representantes do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), da Ordem dos Engenheiros e do Instituto Superior Técnico (IST). Durante a próxima semana, prevê-se a realização de uma reunião entre todos os elementos do grupo e o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas.
Texto actualizado às 12h52 para juntar a informação de que o Secretário de Estado do Vaticano esteve no local