O Sporting regressou ao campeonato com um regresso às vitórias. Depois do desaire com o FC Porto antes da pausa das selecções, os “leões” voltaram à competição com um triunfo de reviravolta por 1-2 sobre o Famalicão em jogo da 5.ª jornada. Os minhotos estiveram a ganhar durante cinco minutos, mas os “leões” só conseguiram verdadeiramente dar a volta na segunda parte, com um golo de Luis Suárez. Foi Pedro Gonçalves, porém, sempre sereno nas suas decisões, quem teve a maior responsabilidade nesta vitória indispensável para não perder o contacto com o líder FC Porto.

O Sporting que se apresentou em Vila Nova de Famalicão foi diferente do que costuma ser por força de alguns baixas inesperadas, outras esperadas e por opção de Rui Borges – daquele que seria o “onze” mais habitual, não estavam Rui Silva, Geny, Diomande, Maxi, Fresneda e Morita, estavam Virgínia, Quenda, Debast, Mangas, Vagiannidis e Kochorashvili. Algumas mudanças resultaram melhor que outras – Quenda é um “upgrade” claro em relação a Geny, Virgínia não vai tirar o sono a Rui Silva, Vagiannidis vai ser dono do lugar, “Kocho” está a agarrar um lugar.

Enquanto o Sporting atacou em ataque posicional, esteve bem. Quando abusava dos lançamentos longos, mandava o Famalicão. Logo nos primeiros minutos, os “leões” tiveram uma grande oportunidade, aos 15’, numa bola solta por Trincão para Quenda, que, já dentro da área, permitiu a defesa de Carevic. Na resposta, o “Fama” chegou ao golo. Na sequência de um canto, numa jogada pensada, a bola viajou para trás, para Gil Dias, que a meteu em arco para a área, onde Gustavo Sá se antecipou aos “leões” para fazer o 1-0.

O Sporting não ficou muito tempo a lamber as feridas. Cinco minutos depois, Quenda viu bem o avanço de Pedro Gonçalves, que fez uma recepção orientada para tirar Ba do caminho antes de atirar para o empate. Um golo de grande classe para o 8 do Sporting, o seu quarto da época e o primeiro sofrido esta época pelos minhotos. A equipa de Rui Borges bem tentou construir mais alguma coisa sobre o golo do empate, mas, diga-se, a formação orientada por Hugo Oliveira sabia bem o que estava a fazer – sabia reagir muito bem à pressão e como se lançar para o meio-campo contrário.

Após o intervalo, a equipa de Rui Borges entrou mais determinada a completar a reviravolta e, nos primeiros minutos, Quenda voltou a estar perto do golo – acertou no poste depois de uma bela jogada de Kochorashvili, completada com um cruzamento de Mangas. Com o Sporting a mostrar as garras, os minhotos foram-se encolhendo um pouco mais e o Sporting aceitou o convite.

Aos 65’, o bicampeão conseguiu o golo que lhe iria dar os três pontos. Jogada muito confusa, de matraquilhos na área do Famalicão, a que Pedro Gonçalves conseguiu dar alguma ordem, fazendo o passe perfeito para Luis Suárez fazer o 1-2 – depois de ter feito quatro golos ao serviço da selecção, o avançado colombiano voltou a marcar pelo Sporting (já vai em três), ele que trabalhou muito durante o jogo.

Borges já tinha algumas substituições preparadas e não mudou de ideias, dando os primeiros minutos a Ioannidis e promovendo o regresso à competição de Maxi. Os “leões” entraram em modo controlo do jogo, o Famalicão tentou chegar-se mais à frente, com Hugo Oliveira a reforçar as suas intenções com mais avançados em campo, mas o Sporting geriu bem a vantagem e saiu a sorrir de um jogo difícil, contra um adversário que vai criar problemas a muita gente.