O homem detido pelo homicídio do ativista conservador Charlie Kirk não está a cooperar com as autoridades, de acordo com informações avançadas pela agência de notícias Reuters, que cita o governador do Utah, Spencer Cox.
Este domingo, 14 de setembro, Cox afirmou que, apesar da falta de cooperação do suspeito, os investigadores estão a trabalhar para estabelecer um motivo para o crime, interrogando amigos e familiares.
A Reuters informa ainda que o alegado atirador, Tyler Robinson, de 22 anos, deverá ser formalmente acusado na próxima terça-feira e permanece sob custódia no Utah.
Kirk, um proeminente aliado do ex-presidente Donald Trump e cofundador do grupo estudantil conservador Turning Point USA, foi morto com um único tiro de espingarda na passada quarta-feira, 10 de setembro. O ataque ocorreu durante um evento ao ar livre na Universidade de Utah Valley, que contava com a presença de 3000 pessoas. Robinson terá disparado a longa distância a partir do topo de um edifício.
O homicídio gerou novos receios de um aumento da violência política nos Estados Unidos e de um aprofundamento da divisão entre a esquerda e a direita.
Segundo o governador Cox, em declarações ao programa This Week da ABC, Robinson não confessou o crime. “Ele não está a cooperar, mas todas as pessoas à sua volta estão a cooperar, e penso que isso é muito importante”, disse o governador republicano.
Uma das pessoas que está a colaborar com os investigadores é o colega de quarto de Robinson, descrito por Cox como “um homem em transição para mulher”. A Reuters escreve que não conseguiu localizar o colega de quarto para obter um comentário.
O artigo da Reuters detalha ainda que os investigadores encontraram mensagens gravadas em quatro invólucros de balas, incluindo referências a memes e piadas de videojogos. Uma das inscrições, de acordo com um depoimento das autoridades, dizia: “Ei fascista! APANHA!”