Famalicão começa a ser encarado como um dos terrenos mais complicados de visitar no campeonato. O Sporting estava avisado para a exigência do jogo e deu uma boa resposta, com uma vitória tangencial (2-1), em jogo da quinta jornada.

Até este jogo, o Famalicão ainda não tinha perdido em casa no presente ano civil e os zero golos sofridos nas anteriores quatro jornadas deram confiança ao conjunto liderado por Hugo Oliveira. 

Aos 17′, o capitão Gustavo Sá alimentou a esperança dos locais. Mais do que um jogo técnico, o coletivo leonino apresentou-se muito competitivo e aguerrido nos duelos individuais. Ainda assim, havia tempo para o génio de quem sabe. Quenda isolou Pedro Gonçalves (22′), que assinou uma ‘trivelada’, com a bola a passar por entre a pernas do guardião Carevic.

A segunda parte reservou uma forte dos bicampeões nacionais, à boleia de Pedro Gonçalves. Aos 65′, o camisola 8 da turma verde e branca serviu de bandeja para o remate certeiro de Luis Suárez. 

O avançado colombiano ‘ofereceu’ a vice-liderança ao Sporting, que soma 12 pontos, menos três do que o líder FC Porto.

Vamos então as notas da partida.

Figura

Pedro Gonçalves está com tudo neste arranque de campeonato, sendo já o melhor marcador do Sporting na prova, com quatro golos. O avançado internacional português tem uma classe fora do comum à frente da baliza e mesmo que admita que tem ‘sorte, essa beneficia sempre os audazes.

Surpresa

 João Virgínia não tremeu na oportunidade que teve, após a lesão de Rui Silva na véspera da viagem para o Minho. O guarda-redes português assumiu com distinção a baliza dos bicampeõs nacionais e revelou segurança sobretudo no jogo aéreo. Chegou a Alvalade com o estatuto de suplente e confirmou que é uma alternativa a ter em conta.

Desilusão

Kochorashvili tem a missão de fazer esquecer o lesionado Morita no meio-campo leonino, mas a tarefa não é fácil. O internacional georgiano não tem receio de pedir a bola aos companheiros, mas peca na chegada à área contrária. Subiu de rendimento na segunda parte, mas quando o Sporting chegou a vantagem, o técnico Rui Borges optou pela sua saída, colocando Pedro Gonçalves ao lado de Morten Hjulmand no centro do terreno.

Treinadores

Hugo Oliveira

A receção ao bicampeão nacional é sempre um momento marcante para qualquer treinador, que tenta valorizar a si mesmo e à sua equipa, com uma forma de jogar apoiada e no campo todo. Tal como o técnico disse no final do jogo: “Os meninos de Famalicão bateram-se como gente grande”. A derrota é justa, mas os minhotos venderam cara a derrota e prometem ser um dos principais candidatos aos lugares europeus.

Rui Borges

O treinador do Sporting foi obrigado a mexer e manifestou confiança nas suas apostas. A introdução de Geovany Quenda torna o jogo ofensivo leonino mais imprevisível, mas a principal nota vai para o facto de o coletivo apresentar-se com níveis de agressividade e pressão alta muito elevados, condicionando a forma de jogar do adversário. O leão 2025/26 é também muito forte no jogo interior e foi dessa forma que resultou o golo do triunfo.

Na reta final do encontro, ainda tentou conciliar Luis Suarez e  Fotis Ioannidis no centro do ataque, mas esta opção ainda tem de ser trabalhada.

Arbitragem

António Nobre pecou em não mostrar o segundo cartão amarelo a Gonçalo Inácio, após atingir com o cotovelo o pescoço de Gustavo Sá. O Sporting ficaria reduzido a dez jogadores em campo. Um lance que mancha a sua atuação.

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