João Noronha Lopes, candidato à presidência do Benfica, anunciou esta segunda-feira as escolhas de Pedro Ferreira, para diretor geral para o futebol (após 17 anos ligado aos encarnados, incluindo como coordenador do scouting, e chefe do recrutamento do Nottingham Forest), e de Tomás Amaral para diretor desportivo (ele que cumpriu essas funções no Spartak Moscovo após cinco anos no scouting das águias), caso vença as eleições agendadas para 25 de outubro.

«São dois ativos extraordinários para o futuro do Benfica. O Pedro e o Tomás trazem um profundo conhecimento do que é o Benfica e uma experiência nacional e internacional fundamental para os desafios que temos pela frente: recuperar a cultura de vitória no Benfica, voltar a concretizar uma ambição nacional e europeia, e garantir que o fazemos com uma estrutura em que a competência está presente em toda a linha, que reúne as condições ideais para um trabalho realizado de forma conjunta por toda a gente no futebol. Só assim poderemos colocar o Benfica novamente no topo», justificou o candidato.

No modelo projetado por Noronha Lopes, o primeiro vai liderar «a área do futebol (Profissional, Formação e Feminino), com presença diária junto da Equipa A, supervisão de staff e balneário, cogestão do mercado e articulação transversal com Marketing, Comunicação, RH, Financeiro e Jurídico», enquanto o segundo será «o elo operacional com a Equipa A e com o Departamento de Scouting, participando no mercado, produzindo relatórios de suporte às contratações e assegurando a ligação diária ao Diretor-Geral e à equipa técnica».

O objetivo é ir ao encontro de uma transformação do modelo de futebol, com vista a criar «uma liderança unificada, uma estrutura coesa que trabalha em conjunto, com um investimento criterioso no mercado aliado a uma aposta amplamente reforçada na formação».

«O foco passará por criar plantéis curtos, equilibrados e competitivos, com recrutamento mais inteligente — ‘contratar menos, mas bem’ — com perfis por posição e KPIs, uma integração real da Formação para vencer e não apenas para vender, e a criação de um Departamento de Data Analytics para decidir melhor e mais depressa, com recurso a IA e metodologias de vanguarda».