Ficção pode acolher, mas não substitui tratamento médico (Foto: Reprodução)
Em tempos de ansiedade e sobrecarga emocional, a leitura vem sendo resgatada como uma prática terapêutica. A biblioterapia promete acolher mentes cansadas e transformar livros em aliados da saúde mental.
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A ideia parece simples: usar histórias de ficção, poesia ou autoajuda para aliviar dores emocionais. Mas os resultados variam, e pesquisadores alertam que a leitura terapêutica não é um remédio universal.
“Fiquei simplesmente impressionada”, contou Elizabeth Russell, em entrevista à BBC, sobre o efeito de livros recomendados em sua sessão de biblioterapia.
Por que tanta gente recorre à biblioterapia
A prática envolve recomendações personalizadas que aproximam leitores de personagens e enredos semelhantes aos seus desafios. Assim, a leitura vira espelho, conforto e, muitas vezes, inspiração.
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No Reino Unido, programas oficiais indicam títulos para diferentes condições. Já sessões individuais oferecem listas sob medida, trazendo experiências que se conectam diretamente à vida do leitor.
A popularidade cresce porque, além do bem-estar, a biblioterapia oferece autonomia: cada pessoa pode escolher o ritmo da leitura e interromper quando sentir necessidade.
Os impactos positivos e negativos da prática
Estudos indicam que a leitura reduz estresse, fortalece empatia e ajuda até no convívio social. Crianças e idosos também relatam melhora no comportamento e no bem-estar após programas de leitura guiada.
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Mas nem tudo é positivo. Pesquisadores apontam que determinados temas podem ser gatilhos para quem já enfrenta transtornos, como os alimentares. Nessas situações, a ficção pode agravar sintomas.
O consenso é que a biblioterapia funciona melhor como complemento. Ela pode trazer conforto, mas precisa ser conduzida com cautela e, se necessário, com orientação profissional.
Como aplicar a biblioterapia no dia a dia
Bibliotecas públicas oferecem listas recomendadas e até clubes de leitura. Esses espaços ampliam o poder terapêutico, já que compartilhar impressões ajuda a processar emoções com mais leveza.
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Especialistas sugerem começar sem pressa, testando gêneros diferentes. Poesia, romance ou contos curtos podem abrir caminhos únicos para cada leitor, respeitando sua sensibilidade.
Mais do que curar, a biblioterapia busca companhia. Nas palavras de Russell, a leitura terapêutica ajuda a lembrar que ninguém precisa enfrentar sozinho os desafios da vida.
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